Tudo o que Você Precisa Saber sobre Olho Seco
O olho seco é uma condição ocular comum que pode causar grande desconforto e até mesmo comprometer a visão. Esta postagem aborda tudo o que você precisa saber sobre olho seco, incluindo suas causas, sintomas e estratégias de tratamento.
O que é Olho Seco?
Olho seco ocorre quando os olhos não produzem lágrimas suficientes ou quando as lágrimas evaporam muito rapidamente. As lágrimas são essenciais para manter a superfície ocular lisa, clara e protegida contra infecções. Existem dois tipos principais de olho seco: por evaporação excessiva e por diminuição da produção de lágrimas. O primeiro tipo é o mais comum, causado pela disfunção das glândulas de Meibômio que produzem a camada oleosa das lágrimas.
Causas e Fatores de Risco
Vários fatores podem aumentar o risco de desenvolver olho seco. A idade é um dos principais fatores, com a condição sendo mais comum em pessoas com mais de 50 anos. O sexo também é um fator, já que mulheres, especialmente durante a menopausa ou usando contraceptivos orais, são mais propensas ao problema. Outros fatores incluem o uso de lentes de contato, exposição a ambientes secos ou poluídos, e certos medicamentos, como antidepressivos e antihistamínicos. Doenças autoimunes, como artrite reumatóide e síndrome de Sjögren, também podem contribuir para o olho seco.
Sinais e Sintomas de Olho Seco
Os sintomas de olho seco podem variar de leves a graves e incluem:
- Sensação de areia nos olhos,
- Vermelhidão,
- Ardência,
- Coceira,
- Visão embaçada,
- Sensibilidade à luz, e até
- Lacrimejamento excessivo.
Este último pode parecer contraditório, mas ocorre como uma resposta à irritação. Reconhecer esses sintomas e buscar tratamento adequado é essencial para prevenir complicações.
Diagnóstico de Olho Seco
O diagnóstico de olho seco envolve questionários específicos e um exame detalhado realizado por um oftalmologista. O médico também pode usar várias ferramentas diagnósticas modernas, como testes de volume lacrimal, meibografia para avaliar as glândulas de Meibômio, interferometria para analisar a camada lipídica e testes de osmolaridade para medir a concentração de partículas nas lágrimas.
Como Prevenir e Tratar Olho Seco
Existem diversas estratégias de tratamento para olho seco, que variam conforme a causa e a gravidade da condição. Aqui estão algumas das principais abordagens:
- Mudanças no Ambiente e Estilo de Vida: Evite ambientes secos e use umidificadores para manter a umidade do ar. Óculos de proteção podem ajudar a reduzir a exposição ao vento e poluentes.
- Dieta e Hidratação: Alimentos ricos em ômega-3, como peixes gordurosos, podem melhorar a qualidade das lágrimas. Manter-se bem hidratado é igualmente importante.
- Higiene Palpebral: A limpeza regular das pálpebras ajuda a remover secreções e resíduos que podem bloquear as glândulas de Meibômio. Compressas mornas podem aliviar sintomas ao desobstruir essas glândulas.
- Lubrificação Ocular: O uso de lágrimas artificiais é crucial. Existem diferentes tipos de lubrificantes, como géis e emulsões de óleo, que atendem a necessidades específicas.
- Tratamentos Avançados: Procedimentos como Luz Intensa Pulsada e terapia com calor podem ser realizados em consultório para melhorar o funcionamento das glândulas de Meibômio.
Olho Seco e Uso de Telas
O uso prolongado de computadores e dispositivos digitais pode exacerbar os sintomas de olho seco, devido à redução da frequência de piscadas. Para aliviar os sintomas, siga a regra 20-20-20: a cada 20 minutos, desvie o olhar da tela e fixe em algo a 20 pés (aproximadamente 6 metros) de distância por 20 segundos. Usar lágrimas artificiais antes de usar dispositivos e ajustar a tela para ficar abaixo do nível dos olhos também pode ajudar.
Conclusão
O olho seco é uma condição que pode ser gerenciada eficazmente com as medidas corretas. Adotar práticas preventivas e buscar tratamento adequado são essenciais para manter a saúde ocular. Em apoio à campanha Julho Turquesa de Conscientização do Olho Seco, estamos comprometidos em aumentar a conscientização sobre essa condição e oferecer recursos para seu manejo.
Fontes:
- American Academy of Ophthalmology Basic Clinical and Science Course, Section 8, External Disease and Cornea, 2024-2025.
- The Tear Film & Ocular Surface Society Report of the Dry Eye WorkShop II
- APOS - Associação Brasileira de Portadores de Olho Seco
Download da cartilha
E para te ajudar ainda mais a se manter informado sobre a sua saúde ocular, nessa postagem tivemos a honra de colaborar com a Sociedade Brasileira de Córnea e a Associação Brasileira de Portadores de Olho Seco na produção de uma cartilha educativa! Clique no link abaixo para baixar o documento em PDF. Assim fica fácil para você guardar e consultar sempre que precisar, e também divulgar para outras pessoas aumentando a conscientização sobre o olho seco!
Abril Azul - Mês de Conscientização sobre o Autismo
Encerrando o mês multicolorido de abril, hoje vamos falar sobre o Abril Azul!
O Abril Azul foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para conscientizar as pessoas sobre o autismo e o Transtorno do Espectro Autista (TEA), além de trazer mais visibilidade e buscar uma sociedade mais consciente, menos preconceituosa e mais inclusiva. No autismo, o azul estimula o sentimento de calma e maior equilíbrio nas situações em que, por exemplo, a criança apresenta uma sobrecarga sensorial. Atualmente, o autismo é representado pelo símbolo do infinito colorido, escolhido e criado pelos próprios autistas. O logotipo refere-se à neurodiversidade e às várias formas de expressão dentro do TEA.
1 em cada 160 crianças no mundo tem Transtorno do Espectro Autista
O manual desenvolvido pela Associação Americana de Psiquiatria define o TEA como um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades de interação social, comunicação e comportamentos repetitivos e restritos, podendo ser encontrado em três níveis de suporte: autismo leve, moderado e severo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 70 milhões de pessoas são autistas no mundo. Aqui no Brasil, a Sociedade Brasileira de Pediatria disponibiliza um Manual de Orientação na internet sobre o TEA.
O autismo afeta a visão?
Mas por que nós, da Estação do Olho, um portal sobre saúde ocular, estamos falando sobre autismo? Será que existe alguma relação com a visão? Continue lendo que a gente explica!
Por um lado, crianças com deficiência visual têm dificuldades similares às de crianças com TEA, como dificuldades de aprendizado, interação social e introversão. Elas também podem apresentar sinais que se confundem com autismo, como baixo contato ocular e deficiência no olhar sustentado; baixa atenção à face humana e não seguir objetos e pessoas próximos em movimento. Um exame oftalmológico completo pode identificar erros de refração não corrigidos ou outras doenças tratáveis, evitando um falso diagnóstico de TEA e proporcionando à criança as condições para um desenvolvimento educacional e social adequado.
Por outro lado, crianças com TEA também podem ter problemas oftalmológicos, que podem ser negligenciados por concluírem precocemente que os sintomas são exclusivamente secundários ao autismo. Outra causa de atraso no diagnóstico de doenças oculares é a dificuldade em examinar crianças no espectro, principalmente as mais graves como as não-verbais. Em quase a metade das crianças com TEA, a colaboração no exame é pouca ou nula. A prescrição de óculos, quando adequado, ou o tratamento de qualquer doença ocular que possa estar atrapalhando a visão da criança, garante que, apesar das limitações impostas pelo TEA, ela possa interagir e se desenvolver da melhor maneira possível.
Apenas metade das crianças com TEA tem visão normal
Alterações oftalmológicas são mais comuns em crianças com TEA do que na população em geral. Uma em cada cinco crianças com TEA (21.2%) precisa de algum tipo de tratamento oftalmológico, sendo os mais comuns óculos, tampão e injeção de Botox para tratamento de estrabismo. As alterações mais comuns são:
- Astigmatismo (19.7%);
- Miopia (8.2%);
- Hipermetropia (20.5%);
- Estrabismo (15.4%);
- Deficiência de convergência (25.9%); e
- Alterações do nervo óptico (4.4%).
Todas as crianças, dentro do espectro ou não, merecem um exame oftalmológico completo. Só assim podemos garantir que cada uma delas atinja seu potencial!
Fontes:
https://www.gov.br/hfa/pt-br/abril-azul-mes-de-conscientizacao-sobre-o-autismo
https://www.ufpb.br/cras/contents/documentos/cartilha-transtorno-do-espectro-do-autismo.pdf
7 de Maio: Dia do Oftalmologista
Essa data homenageia os profissionais responsáveis pelo estudo, prevenção e tratamento das doenças relacionadas ao sistema ocular. Em outras palavras, são os médicos especialistas em cuidar da nossa visão!
A celebração do Dia do Oftalmologista teve início com a fundação da Sociedade de Oftalmologia de São Paulo, em 7 de Maio de 1930. Em 1968, a data foi oficializada no estado de São Paulo pelo deputado oftalmologista Antônio Salim Curiati. No entanto, foi apenas em 1986 que o Ministro da Saúde Seigo Tsuzuki instituiu o 7 de Maio como Dia Nacional do Oftalmologista, através da portaria nº 398.
11,4% da população nunca consultou um oftalmologista.
É crucial consultar o oftalmologista regularmente e fazer exames de rotina para prevenir doenças como glaucoma, catarata e retinopatia diabética, que podem levar à cegueira sem que o paciente perceba. Lamentavelmente, estatísticas indicam que 11,4% da nossa população nunca consultou um oftalmologista, 35% só o fazem quando apresentam sintomas visuais e 29,5% não visitam esse profissional há mais de dois anos. Esses números destacam a falta de informação sobre a promoção da saúde ocular e a importância de prevenir os impactos prejudiciais das doenças oculares no dia a dia do paciente.
A todos os colegas médicos da especialidade, fica aqui a homenagem da equipe da Estação do Olho!
Fontes:
- https://www.montemor.sp.gov.br/portal/noticias/0/3/8328/dia-07-de-maio---dia-do-oftalmologista#:~:text=Em%201968%2C%20a%20data%20foi,através%20da%20portaria%20nº%20398.
- Guedes RAP, Chaoubah A. Percepção dos cuidados e atenção com a saúde ocular da população brasileira. Rev bras oftalmol, 2023 ;82:e0055. Available from: https://doi.org/10.37039/1982.8551.20230055
Impacto da Hipertensão na Visão
A pressão alta, ou hipertensão, é um problema de saúde comum que afeta milhões de brasileiros. Esta condição não só aumenta o risco de doenças cardíacas e derrames (acidente vascular cerebral), mas também representa ameaças significativas à saúde ocular. No Brasil, o impacto da hipertensão na visão é significante, levando a várias complicações oculares que podem afetar severamente a qualidade de vida. Este artigo abordamos a prevalência da hipertensão, suas complicações oculares, níveis de conscientização e controle, disparidades no acesso aos cuidados de saúde e o impacto econômico na população brasileira.
Prevalência da Hipertensão no Brasil
Aproximadamente 24% da população adulta brasileira é afetada pela hipertensão, com a maior prevalência aumentando com a ideade. A hipertensão é um problema de saúde pública devido por ser muito comum e ao risco elevado de complicações associadas. Medidas de prevenção e controle são essenciais para reduzir o impacto dessa condição na saúde da população.
Conscientização e Controle da Hipertensão
Apenas 50% dos indivíduos hipertensos no Brasil estão cientes de sua condição, e entre esses, apenas 45% têm sua pressão arterial adequadamente controlada.
A falta de conscientização e controle efetivo da hipertensão contribui para o aumento do risco de complicações graves, incluindo problemas oculares. Campanhas de educação em saúde são vitais para melhorar a detecção precoce e o gerenciamento da hipertensão.
Impacto da Hipertensão na Visão
Cerca de 15% dos indivíduos com hipertensão no Brasil desenvolvem retinopatia hipertensiva, uma condição que pode levar ao comprometimento da visão. Essa complicação ocular é resultado do dano aos vasos sanguíneos da retina causado pela pressão alta. A detecção precoce e o tratamento adequado são fundamentais para prevenir a progressão da retinopatia hipertensiva e a perda de visão. Cerca de 5% das pessoas com retinopatia hipertensiva sofrem perda de visão. O acompanhamento regular da saúde ocular e a gestão eficaz da hipertensão são essenciais para prevenir complicações.
Disparidades no Acesso aos Cuidados Oftalmológicos no Brasil
O acesso aos cuidados oftalmológicos para condições oculares relacionadas à hipertensão varia, com áreas urbanas apresentando melhores recursos em comparação às regiões rurais. Nas áreas urbanas do Brasil, cerca de 65% dos pacientes hipertensos têm acesso a cuidados oftalmológicos regulares, enquanto nas áreas rurais, esse número cai para cerca de 30%. Melhorar a infraestrutura de saúde e os recursos em áreas menos desenvolvidas é crucial para garantir oportunidades de tratamento para todos.
Impacto Econômico das Complicações Oculares da Hipertensão
O impacto econômico das complicações relacionadas à hipertensão no Brasil é estimado em mais de R$2.5 bilhões anualmente, considerando tanto os custos diretos com cuidados de saúde quanto os custos indiretos, como a perda de produtividade. Enfrentar a hipertensão de maneira eficaz pode reduzir esses impactos econômicos, beneficiando tanto os indivíduos quanto a economia em geral.
A Importância de Gerenciar a Hipertensão para a Saúde Ocular
O monitoramento regular e o controle da pressão arterial podem reduzir significativamente o risco de condições como a retinopatia hipertensiva e a neuropatia óptica. As iniciativas de saúde pública devem enfatizar a importância de exames oculares de rotina e do manejo da hipertensão para proteger a visão e a saúde geral dos brasileiros.
Ao abordar esses problemas de forma proativa, podemos melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas e reduzir a carga econômica associada às doenças oculares relacionadas à hipertensão.
Fontes:
- Ministério da Saúde, Brasil. (2020). Pesquisa Nacional de Saúde.
- Sociedade Brasileira de Cardiologia. (2021). Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial.
- World Health Organization. (2021). Hypertension.
- Manifestações oculares de doenças sistêmicas II: retinopatia diabética e retinopatia hipertensiva
- Estimating the health and economic effects of the voluntary sodium reduction targets in Brazil: microsimulation analysis
26 de Maio: Dia Nacional de Combate ao Glaucoma
Maio é o Mês da Conscientização sobre o Glaucoma, uma época dedicada a educar o público sobre uma das principais causas de cegueira em todo o mundo. O glaucoma representa um desafio significativo para a saúde pública, afetando quase 80 milhões de pessoas no mundo e impondo pesados encargos econômicos. Este artigo aborda a prevalência do glaucoma no Brasil, seu impacto na cegueira, as questões de conscientização e diagnóstico tardio, as disparidades no acesso ao tratamento e as implicações econômicas dessa doença. Compreendendo esses fatores, podemos apreciar melhor a urgência de enfrentar o glaucoma e as medidas necessárias para mitigar seu impacto na sociedade brasileira.
O glaucoma afeta quase 80 milhões de pessoas no mundo
Prevalência do Glaucoma no Brasil
O glaucoma afeta aproximadamente 2% da população brasileira com 40 anos ou mais. A prevalência do glaucoma aumenta com a idade, chegando a 6.2% no grupo etário entre 70 e 79 anos. O tipo mais comum, o glaucoma primário de ângulo aberto (GPAA), muitas vezes passa despercebido até que ocorra uma perda substancial da visão. A detecção precoce e os exames oculares regulares são cruciais para gerenciar essa condição e prevenir a cegueira. O glaucoma é a segunda principal causa de cegueira no Brasil, atrás da catarata, porém é o maior responsável pelos casos de cegueira irreversível (cerca de 12% dos casos). Esse dado destaca a necessidade crítica de iniciativas de saúde pública focadas na detecção precoce e no tratamento. Sem o manejo adequado, o glaucoma pode levar à perda permanente da visão, impactando severamente a qualidade de vida.
Baixa Conscientização e Diagnóstico Tardio do Glaucoma
Um desafio significativo no combate ao glaucoma no Brasil é a falta de conscientização. Estudos mostram que até 54% das pessoas com glaucoma não respondem à pergunta "O que é glaucoma?”, 54% não sabem qual o objetivo do tratamento, 80% não têm conhecimento do que é uma pressão intraocular média, e 94% não entendem por que os campos visuais são examinados para acompanhamento. Essa falta de conscientização leva a diagnósticos e tratamentos tardios, aumentando o risco de perda grave da visão. Campanhas de educação pública são essenciais para melhorar a conscientização e incentivar exames oculares regulares.
Disparidades no Acesso ao Tratamento do Glaucoma
Em áreas urbanas, os pacientes geralmente têm melhor acesso a oftalmologistas e tratamentos avançados, enquanto em áreas rurais, a falta de infraestrutura de saúde e de profissionais especializados limita significativamente o cuidado adequado. Um estudo mostrou que, nas áreas rurais, a média de tempo para conseguir uma consulta oftalmológica é de 8.4 meses, em comparação com 4.6 meses nas áreas urbanas. Além disso, muitos pacientes em áreas rurais dependem de hospitais públicos devido a restrições econômicas, o que pode atrasar ainda mais o diagnóstico e o tratamento adequados do glaucoma. Essas disparidades destacam a necessidade de políticas de saúde que melhorem o acesso ao cuidado oftalmológico em áreas rurais, garantindo que todos os pacientes possam receber o tratamento necessário.
Impacto Econômico do Glaucoma no Brasil
O impacto econômico do glaucoma no Brasil é significativo, abrangendo tanto custos não médicos diretos quanto indiretos. Em média, os custos não médicos diretos, que incluem transporte, alimentação, hospedagem e despesas com acompanhantes por ano são de:
- R$ 587.47 para casos iniciais,
- R$ 660.52 para casos moderados, e
- R$ 708.54 para casos avançados.
Os custos indiretos, relacionados principalmente à perda de produtividade e aposentadoria devido à doença, são ainda mais elevados:
- R$ 20,156.75 para GPAA inicial,
- R$ 26,988.16 para GPAA moderado, e
- R$ 27,263.82 para GPAA avançado.
Estes custos aumentam conforme a doença progride, destacando a necessidade de estratégias eficazes de prevenção e tratamento para reduzir o impacto financeiro sobre os pacientes e o sistema de saúde.
A Importância dos Exames Oculares Regulares para a Detecção Precoce e Prevenção da Cegueira
Ao detectar a doença em seus estágios iniciais, os indivíduos podem gerenciar sua condição de forma mais eficaz, preservando sua visão e qualidade de vida. Durante o Mês da Conscientização sobre o Glaucoma, enfatizamos a importância de exames regulares e da educação pública para combater esse ladrão silencioso da visão. Tomar medidas proativas agora pode prevenir a cegueira e garantir um futuro mais saudável para milhões de brasileiros.
Os exames oculares regulares são cruciais para a detecção precoce e o tratamento do glaucoma, reduzindo significativamente o risco de cegueira irreversível.
Fontes:
- Glaucoma Research Foundation. (2020). What is Glaucoma?
- World Health Organization. (2021). World report on vision
- Machado, G. M., Braga, L. A., Amorim, R. S., & Silva, T. D. M. N. (2020). Impacto financeiro no tratamento cirúrgico do glaucoma. Revista Brasileira de Oftalmologia, 79, 231-235.
- Annah Rachel Rachel Graciano, Thiago Hayashida Teles de Carvalho, Felipe Zibetti Pereira, Paulo André Assumpção Aires Fonseca, Marcos Augusto Ferreira Vaz, Lucas Mike Naves Silva, Cristine Araújo Póvoa; GLAUCOMA PREVALENCE IN BRAZIL DEMONSTRATED IN TEN YEARS. Invest. Ophthalmol. Vis. Sci. 2016;57(12):2596.
- Costa VP, Spaeth GL, Smith M, Uddoh C, Vasconcellos JP, Kara-José N. Patient education in glaucoma: what do patients know about glaucoma? Arq Bras Oftalmol. 2006 Nov-Dec;69(6):923-7.
- Glaucoma Care in Rural and Urban Brazil
- Freitas SM, Guedes RAP, Guedes VMP, Paletta LAC, Gravina DM, Chauobah A. Custos não médicos diretos e indiretos relacionados ao glaucoma primário de ângulo aberto no Brasil. Rev Bras Oftalmol. 2019;78(3):166-9.
Ceratocone: Entendendo a Doença e como Tratá-la
Junho Violeta é o mês dedicado à conscientização sobre o ceratocone, uma doença ocular que pode afetar significativamente a visão e a qualidade de vida. Este artigo fornece uma visão geral sobre o ceratocone, suas causas, sintomas, diagnóstico e opções de tratamento, destacando a importância de cuidados oculares regulares e intervenções precoces.
O que é o ceratocone?
O ceratocone é uma condição ocular que causa a alteração na forma da córnea, levando a um afinamento e protrusão em forma de cone. Essa deformidade impede a entrada regular de luz na retina, resultando em uma visão distorcida. A prevalência do ceratocone é de aproximadamente 54 por 100.000 habitantes no Brasil, afetando especialmente jovens entre 10 e 25 anos.
Quais são os sinais e sintomas mais comuns do ceratocone?
Os principais sinais do ceratocone incluem:
- Visão turva ou distorcida.
- Sensibilidade à luz (fotofobia).
- Necessidade frequente de mudar a prescrição dos óculos.
- Visão dupla em um olho.
Esses sintomas tendem a piorar com o tempo, dificultando atividades diárias como leitura e direção. É crucial procurar um oftalmologista ao notar qualquer alteração significativa na visão.
Causas e fatores de risco
As causas exatas do ceratocone ainda não são completamente compreendidas, mas fatores genéticos e ambientais parecem desempenhar um papel importante. Estudos indicam que esfregar os olhos excessivamente e alergias oculares podem contribuir para o desenvolvimento e progressão da doença.
Diagnóstico
O diagnóstico do ceratocone geralmente é feito através de exames detalhados da córnea. Os métodos mais comuns incluem:
- Topografia corneana: mapeamento detalhado da superfície da córnea.
- Tomografia de coerência óptica (OCT): imagem detalhada das camadas da córnea.
- Exame com lâmpada de fenda: avaliação da estrutura do olho.
Esses exames ajudam a determinar a gravidade do ceratocone e a orientar o tratamento adequado.
Quais são os tratamentos disponíveis para o ceratocone?
O tratamento do ceratocone varia de acordo com a gravidade da condição e pode incluir:
- Óculos e Lentes de Contato
- Nos estágios iniciais, a visão pode ser corrigida com óculos ou lentes de contato rígidas permeáveis a gás (RGP). Essas lentes ajudam a criar uma superfície mais uniforme na córnea, melhorando a visão.
- Crosslinking de Colágeno Corneano
- O crosslinking é um tratamento inovador que fortalece a estrutura da córnea, retardando ou interrompendo a progressão do ceratocone. O procedimento envolve a aplicação de riboflavina (vitamina B2) na córnea seguida por exposição a luz ultravioleta (UV).
- Anéis Intracorneanos
- Os anéis intracorneanos são implantes de plástico que são inseridos na córnea para ajudar a remodelar sua forma. Este procedimento é indicado para pacientes com ceratocone moderado a avançado que não podem usar lentes de contato.
- Transplante de Córnea
- Nos casos mais graves, onde outras formas de tratamento não são eficazes, pode ser necessário um transplante de córnea. Existem dois tipos principais de transplante:
- Transplante penetrante (ceratoplastia penetrante): substituição de todas as camadas da córnea.
- Transplante lamelar (ceratoplastia lamelar): substituição de algumas camadas da córnea.
- Nos casos mais graves, onde outras formas de tratamento não são eficazes, pode ser necessário um transplante de córnea. Existem dois tipos principais de transplante:
Como prevenir a progressão do ceratocone
Embora o ceratocone não possa ser prevenido, algumas medidas podem ajudar a reduzir os riscos e a progressão da doença:
- Evitar esfregar os olhos.
- Tratar alergias oculares adequadamente.
- Realizar exames oftalmológicos regulares para detecção precoce.
O ceratocone é uma condição séria que pode afetar significativamente a qualidade de vida se não for tratada adequadamente. No entanto, com diagnóstico precoce e tratamento adequado, muitas pessoas conseguem manter uma boa visão e levar uma vida normal.
Download da cartilha
E para te ajudar ainda mais a se manter informado sobre a sua saúde ocular, nessa postagem tivemos a honra de colaborar com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia na produção de uma cartilha educativa sobre o ceratocone! Clique no link abaixo para baixar o documento em PDF. Assim fica fácil para você guardar e consultar sempre que precisar, e também divulgar para outras pessoas aumentando a conscientização sobre o ceratocone!
Congresso da Sociedade Brasileira de Oftalmologia 2024
Estamos orgulhosos de anunciar que nossos fundadores, Drs. Bruno Fernandes e Gustavo Novais, participaram do Congresso da Sociedade Brasileira de Oftalmologia 2024, realizado no Rio de Janeiro, entre 4 e 6 de junho 2024. Eles apresentaram palestras importantes, compartilhando suas experiências e inovações em oftalmologia.
Abaixo a lista de palestras com os links para baixar cada uma das apresentações:
O Papel do Demodex na Blefarite Crônica - Dr. Bruno F. Fernandes, MD, PhD
Demodex é um tipo de ácaro encontrado nas pálpebras que pode causar blefarite e outras condições inflamatórias nos olhos.
Dia a Dia do Consultório: Importância da Microscopia Confocal In Vivo - Dr. Gustavo A. Novais, MD, PhD
Vantagens de utilizar a microscopia confocal para o diagnostico de infeccões da córnea.
Caso clínico SBO 2024 - Dr. Gustavo A. Novais, MD, PhD
Apresentacao de um caso de lesão melanocítica de conjuntiva.
Alergias Oculares
A alergia é uma doença sistêmica que afeta o corpo inteiro, inclusive o olho! Devido à sua relevância, existe o Dia Mundial da Alergia, celebrado em 8 de julho, para conscientizar a população sobre essa condição.
Mais da metade da população é sensível a um ou mais alérgenos.
As alergias oculares são uma condição comum que afeta muitas pessoas, causando desconforto e prejudicando as atividades diárias. Este artigo tem como objetivo fornecer uma compreensão clara das alergias oculares, incluindo seus tipos, sintomas e tratamentos disponíveis, com base em descobertas cientificas recentes e práticas clínicas.
O que é Alergia Ocular?
A alergia ocular, também conhecida como conjuntivite alérgica, ocorre quando os olhos reagem a alérgenos como pólen, ácaros, mofo, pelos de animais e certos produtos químicos. O sistema imunológico reage excessivamente a essas substâncias, levando à inflamação da conjuntiva, a fina membrana que cobre o olho e o interior das pálpebras.
Quais são os tipos de alergia ocular
- Conjuntivite Alérgica Sazonal (CAS)
- Prevalência: A CAS afeta 15-20% da população.
- Desencadeantes: Pólen transportado pelo ar, geralmente durante a primavera e o verão.
- Sintomas: Coceira, vermelhidão e inchaço da conjuntiva.
- Conjuntivite Alérgica Perene (CAP)
- Desencadeantes: Alérgenos presentes o ano todo, como pelos de animais, ácaros e mofo.
- Sintomas: Semelhantes aos da CAS, mas ocorrem durante todo o ano.
- Ceratoconjuntivite Vernal (CV)
- Prevalência: Mais comum em climas quentes.
- Demográfico Afetado: Tipicamente afeta jovens antes da puberdade e geralmente resolve por volta dos 20 anos.
- Sintomas: Coceira severa, vermelhidão, inchaço, fotofobia (sensibilidade à luz) e uma característica secreção mucosa. Papilas gigantes na conjuntiva tarsal superior também são comuns.
- Ceratoconjuntivite Atópica (CA)
- Condições Associadas: Muitas vezes ocorre em indivíduos com dermatite atópica.
- Sintomas: Coceira, vermelhidão, cicatrizes conjuntivais e lesões eczematosas na pele das pálpebras. Pode também levar ao desenvolvimento de cataratas atópicas.
- Alergia de Contato
- Desencadeantes: Produtos químicos como neomicina, látex, níquel e hera venenosa.
- Sintomas: Reações induradas e eritematosas na pele e conjuntiva, tipicamente aparecendo 2-5 dias após a exposição.
- Conjuntivite Papilar Gigante
- Causa: Um fenômeno irritante, em vez de uma verdadeira alergia, muitas vezes devido a lentes de contato ou próteses oculares.
- Sintomas: Papilas gigantes na conjuntiva palpebral superior, semelhantes a reações alérgicas, mas sem a mesma resposta imunológica.
Quais são os sintomas mais comuns de alergia ocular
Os principais sintomas da alergia ocular incluem:
- Coceira: O sintoma mais comum, muitas vezes severo.
- Vermelhidão: Vermelhidão conjuntival leve a moderada.
- Inchaço: Inchaço conjuntival, conhecido como quemoses.
- Secreção: Secreção leve, particularmente na CV.
- Fotofobia: Sensibilidade à luz, especialmente na CV.
- Papilas gigantes e nódulos de Trantas: Vistos na CV e CA, caracterizados por grandes protuberâncias na conjuntiva e pontos brancos na junção córnea-conjuntiva.
Como é feito o diagnóstico de alergia ocular
O diagnóstico da alergia ocular é principalmente clínico, baseado nos sintomas do paciente e no histórico médico. Perguntas diagnósticas chave incluem:
- Localização e natureza da coceira
- Histórico de alergias, asma ou eczema
- Exposição a alérgenos conhecidos
- Sazonalidade dos sintomas
Como tratar alergia ocular
O tratamento da alergia ocular varia dependendo da gravidade dos sintomas:
- Evitar Alérgenos: Identificar e evitar alérgenos é o primeiro passo para controlar os sintomas.
- Compressas Frias: Ajudam a reduzir o inchaço e proporcionar alívio da coceira.
- Antihistamínicos Orais: Comumente usados para controlar sintomas alérgicos sistêmicos e oculares.
- Colírios Vasoconstritores/Antihistamínicos: Preparações de venda livre podem reduzir a vermelhidão e a coceira.
- Estabilizadores de Mastócitos: Colírios que previnem a liberação de mediadores pelos mastócitos, eficazes para conjuntivite alérgica leve a moderada. Têm um perfil de segurança elevado e podem ser usados durante toda a estação das alergias.
- Colírios de Corticosteroides: Usados para conjuntivite alérgica severa. São potentes e eficazes, mas requerem monitoramento para efeitos colaterais como aumento da pressão intraocular e formação de cataratas. Os corticosteroides preferidos incluem fluorometolona e etabonato de loteprednol.
- Ciclosporina Tópica: Pode oferecer benefícios no tratamento da alergia ocular, embora a ciclosporina oral não seja indicada.
Conclusão
As alergias oculares são comuns e podem afetar significativamente a qualidade de vida. Com a abordagem de tratamento correta, incluindo a evitação de alérgenos, medicamentos apropriados e monitoramento regular, as pessoas podem controlar seus sintomas e manter a saúde ocular.
Compreender a alergia ocular ajuda as pessoas a identificar os sintomas precocemente e buscar o tratamento adequado, garantindo uma melhora na qualidade de vida.
Fontes:
- Bielory L, Skoner DP, Blaiss MS, et al. Ocular and nasal allergy symptom burden in America: the Allergies, Immunotherapy, and RhinoconjunctivitiS (AIRS) surveys. Allergy Asthma Proc. 2014;35(3):211-218.
- Friedlaender MH. Ocular allergy. Curr Opin Allergy Clin Immunol. 2011;11(5):477-482. doi:10.1097/ACI.0b013e32834a9652
Por que um personagem da Disney apareceu de tampão no olho?
Ano passado, a Disney apresentou o trailer de um dos seus próximos lançamentos, chamado Elio. O que chamou a atenção foi o personagem principal usar um tampão no olho esquerdo!
Saiba o porquê do tampão e como essa iniciativa tem um enorme fator positivo na saúde ocular das nossas crianças.
A ambliopia é um distúrbio do desenvolvimento visual onde a visão de um dos olhos não se desenvolve adequadamente durante a infância, também conhecida como "olho preguiçoso". Na idade escolar, cerca de 20-25% das crianças apresentam algum tipo de problema ocular, como erros refrativos e estrabismo (olho vesgo) que podem levar à ambliopia. O cérebro tende a favorecer o olho com melhor visão, e somente a intervenção apropriada e em tempo correto pode prevenir e reverter a perda visual.
Crianças que usam óculos ou tampão são 35% a 37% mais propensas a sofrerem bullying.
A ambliopia é a maior responsável por visão reduzida unilateralmente durante a fase pré-escolar e, infelizmente, foi encontrada em 10% das crianças assistidas pelo Programa de Saúde da Família no Rio de Janeiro. Passada uma certa idade (6-7 anos), a chance de recuperar a visão diminui drasticamente e, quando adulto, não há mais chance de recuperar a visão.
Em alguns casos, o tratamento da ambliopia pode ser feito com o uso de óculos para corrigir erros refrativos. Porém, em vários casos, é necessária a oclusão do "olho bom" com um tampão, para "forçar" o desenvolvimento da visão no "olho ruim". Estudos indicam que o sucesso do tratamento está fortemente ligado à aderência ao tratamento e à regularidade do uso do tampão.
O sucesso do tratamento depende da regularidade do uso do tampão.
Entre os diversos fatores que podem influenciar a aderência ao tratamento, está a criança ter vergonha de usar o tampão. Infelizmente, crianças que usam óculos ou tampão são 35% a 37% mais propensas a sofrerem #bullying. Nessa linha, a iniciativa da Disney é louvável e certamente irá ajudar a eliminar o estigma, estimular o uso do tampão e garantir o desenvolvimento adequado da visão. Mais além, uma experiência positiva com o uso do tampão está relacionada a um menor impacto psicológico da ambliopia na adolescência!
Que tal marcar aqui a mãe de um super-herói que usa tampão para ajudar na nossa missão de conscientização?
Quando levar uma criança no oftalmologista?
O dia 21 de março foi instituído pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) como o Dia Mundial da Infância com o objetivo de promover uma reflexão sobre a defesa dos direitos das crianças.
No Brasil, há cerca de 16,5 milhões de crianças de até quatro anos de idade, representando 7,8% do total da população, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Com o objetivo de promover e proteger a saúde da criança, o Ministério da Saúde instituiu a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC). A política abrange os cuidados com a criança da gestação aos 9 anos de idade, com especial atenção à primeira infância e às populações de maior vulnerabilidade. Apesar de os cuidados com crianças e adolescentes serem importantes em qualquer idade, os primeiros mil dias de vida do ser humano são decisivos para o desenvolvimento integral.
Quando levar uma criança no oftalmologista?
O artigo intitulado "Diretrizes brasileiras sobre avaliação oftalmológica de crianças saudáveis menores de 5 anos" de autoria da Dra. Julia Rossetto visa estabelecer orientações para a frequência e natureza dos exames oftalmológicos em crianças saudáveis até 5 anos de idade. Estas diretrizes foram desenvolvidas com base em evidências médicas e na experiência clínica de um comitê de especialistas, incluindo revisão de literatura através de buscas no PubMed/Medline e análise de recomendações de entidades internacionais como a Academia Americana de Pediatria e a Sociedade Americana de Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo.
As recomendações enfatizam a importância do teste do reflexo vermelho, que deve ser realizado pelo pediatra nas primeiras 72 horas de vida e repetido em consultas de puericultura ao menos três vezes por ano até os três anos de idade. É aconselhável um exame oftalmológico completo entre 6 e 12 meses de vidae, posteriormente, pelo menos um exame abrangente entre 3 e 5 anos, incluindo inspeção ocular, avaliação da função visual, testes de motilidade e alinhamento ocular, refração sob cicloplegia e exame de fundo de olho.
Porque levar uma criança sem sintomas no oftalmologista?
O estudo destaca a prevalência de problemas visuais como erros refrativos não corrigidos e ambliopia, que podem impactar significativamente o desenvolvimento, a performance escolar e social da criança. Os resultados do questionário aplicado a membros da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica indicaram um consenso sobre a necessidade de exames oftalmológicos completos no primeiro ano de vida.
A detecção e intervenção precoces são cruciais para prevenir a perda de visão permanente e promover um desenvolvimento visual saudável.
A literatura científica e a prática clínica sustentam a implementação de múltiplos rastreios visuais nos primeiros anos de vida para reduzir a prevalência de ambliopia aos 7-8 anos. A falta de ensaios clínicos randomizados sobre rastreio visual nessa faixa etária não diminui a evidência de que avaliações oftalmológicas repetidas são benéficas.
Conclui-se que as diretrizes são ferramentas essenciais para orientar médicos sobre as melhores práticas oftalmológicas pediátricas, promovendo a detecção precoce e tratamento de condições tratáveis para evitar deficiências visuais permanentes em crianças.
As recomendações devem ser flexíveis, considerando a evidência científica e o julgamento clínico, para garantir cuidados visuais adequados na infância.