Tudo o que Você Precisa Saber sobre Olho Seco
O olho seco é uma condição ocular comum que pode causar grande desconforto e até mesmo comprometer a visão. Esta postagem aborda tudo o que você precisa saber sobre olho seco, incluindo suas causas, sintomas e estratégias de tratamento.
O que é Olho Seco?
Olho seco ocorre quando os olhos não produzem lágrimas suficientes ou quando as lágrimas evaporam muito rapidamente. As lágrimas são essenciais para manter a superfície ocular lisa, clara e protegida contra infecções. Existem dois tipos principais de olho seco: por evaporação excessiva e por diminuição da produção de lágrimas. O primeiro tipo é o mais comum, causado pela disfunção das glândulas de Meibômio que produzem a camada oleosa das lágrimas.
Causas e Fatores de Risco
Vários fatores podem aumentar o risco de desenvolver olho seco. A idade é um dos principais fatores, com a condição sendo mais comum em pessoas com mais de 50 anos. O sexo também é um fator, já que mulheres, especialmente durante a menopausa ou usando contraceptivos orais, são mais propensas ao problema. Outros fatores incluem o uso de lentes de contato, exposição a ambientes secos ou poluídos, e certos medicamentos, como antidepressivos e antihistamínicos. Doenças autoimunes, como artrite reumatóide e síndrome de Sjögren, também podem contribuir para o olho seco.
Sinais e Sintomas de Olho Seco
Os sintomas de olho seco podem variar de leves a graves e incluem:
- Sensação de areia nos olhos,
- Vermelhidão,
- Ardência,
- Coceira,
- Visão embaçada,
- Sensibilidade à luz, e até
- Lacrimejamento excessivo.
Este último pode parecer contraditório, mas ocorre como uma resposta à irritação. Reconhecer esses sintomas e buscar tratamento adequado é essencial para prevenir complicações.
Diagnóstico de Olho Seco
O diagnóstico de olho seco envolve questionários específicos e um exame detalhado realizado por um oftalmologista. O médico também pode usar várias ferramentas diagnósticas modernas, como testes de volume lacrimal, meibografia para avaliar as glândulas de Meibômio, interferometria para analisar a camada lipídica e testes de osmolaridade para medir a concentração de partículas nas lágrimas.
Como Prevenir e Tratar Olho Seco
Existem diversas estratégias de tratamento para olho seco, que variam conforme a causa e a gravidade da condição. Aqui estão algumas das principais abordagens:
- Mudanças no Ambiente e Estilo de Vida: Evite ambientes secos e use umidificadores para manter a umidade do ar. Óculos de proteção podem ajudar a reduzir a exposição ao vento e poluentes.
- Dieta e Hidratação: Alimentos ricos em ômega-3, como peixes gordurosos, podem melhorar a qualidade das lágrimas. Manter-se bem hidratado é igualmente importante.
- Higiene Palpebral: A limpeza regular das pálpebras ajuda a remover secreções e resíduos que podem bloquear as glândulas de Meibômio. Compressas mornas podem aliviar sintomas ao desobstruir essas glândulas.
- Lubrificação Ocular: O uso de lágrimas artificiais é crucial. Existem diferentes tipos de lubrificantes, como géis e emulsões de óleo, que atendem a necessidades específicas.
- Tratamentos Avançados: Procedimentos como Luz Intensa Pulsada e terapia com calor podem ser realizados em consultório para melhorar o funcionamento das glândulas de Meibômio.
Olho Seco e Uso de Telas
O uso prolongado de computadores e dispositivos digitais pode exacerbar os sintomas de olho seco, devido à redução da frequência de piscadas. Para aliviar os sintomas, siga a regra 20-20-20: a cada 20 minutos, desvie o olhar da tela e fixe em algo a 20 pés (aproximadamente 6 metros) de distância por 20 segundos. Usar lágrimas artificiais antes de usar dispositivos e ajustar a tela para ficar abaixo do nível dos olhos também pode ajudar.
Conclusão
O olho seco é uma condição que pode ser gerenciada eficazmente com as medidas corretas. Adotar práticas preventivas e buscar tratamento adequado são essenciais para manter a saúde ocular. Em apoio à campanha Julho Turquesa de Conscientização do Olho Seco, estamos comprometidos em aumentar a conscientização sobre essa condição e oferecer recursos para seu manejo.
Fontes:
- American Academy of Ophthalmology Basic Clinical and Science Course, Section 8, External Disease and Cornea, 2024-2025.
- The Tear Film & Ocular Surface Society Report of the Dry Eye WorkShop II
- APOS - Associação Brasileira de Portadores de Olho Seco
Download da cartilha
E para te ajudar ainda mais a se manter informado sobre a sua saúde ocular, nessa postagem tivemos a honra de colaborar com a Sociedade Brasileira de Córnea e a Associação Brasileira de Portadores de Olho Seco na produção de uma cartilha educativa! Clique no link abaixo para baixar o documento em PDF. Assim fica fácil para você guardar e consultar sempre que precisar, e também divulgar para outras pessoas aumentando a conscientização sobre o olho seco!
Alergias Oculares
A alergia é uma doença sistêmica que afeta o corpo inteiro, inclusive o olho! Devido à sua relevância, existe o Dia Mundial da Alergia, celebrado em 8 de julho, para conscientizar a população sobre essa condição.
Mais da metade da população é sensível a um ou mais alérgenos.
As alergias oculares são uma condição comum que afeta muitas pessoas, causando desconforto e prejudicando as atividades diárias. Este artigo tem como objetivo fornecer uma compreensão clara das alergias oculares, incluindo seus tipos, sintomas e tratamentos disponíveis, com base em descobertas cientificas recentes e práticas clínicas.
O que é Alergia Ocular?
A alergia ocular, também conhecida como conjuntivite alérgica, ocorre quando os olhos reagem a alérgenos como pólen, ácaros, mofo, pelos de animais e certos produtos químicos. O sistema imunológico reage excessivamente a essas substâncias, levando à inflamação da conjuntiva, a fina membrana que cobre o olho e o interior das pálpebras.
Quais são os tipos de alergia ocular
- Conjuntivite Alérgica Sazonal (CAS)
- Prevalência: A CAS afeta 15-20% da população.
- Desencadeantes: Pólen transportado pelo ar, geralmente durante a primavera e o verão.
- Sintomas: Coceira, vermelhidão e inchaço da conjuntiva.
- Conjuntivite Alérgica Perene (CAP)
- Desencadeantes: Alérgenos presentes o ano todo, como pelos de animais, ácaros e mofo.
- Sintomas: Semelhantes aos da CAS, mas ocorrem durante todo o ano.
- Ceratoconjuntivite Vernal (CV)
- Prevalência: Mais comum em climas quentes.
- Demográfico Afetado: Tipicamente afeta jovens antes da puberdade e geralmente resolve por volta dos 20 anos.
- Sintomas: Coceira severa, vermelhidão, inchaço, fotofobia (sensibilidade à luz) e uma característica secreção mucosa. Papilas gigantes na conjuntiva tarsal superior também são comuns.
- Ceratoconjuntivite Atópica (CA)
- Condições Associadas: Muitas vezes ocorre em indivíduos com dermatite atópica.
- Sintomas: Coceira, vermelhidão, cicatrizes conjuntivais e lesões eczematosas na pele das pálpebras. Pode também levar ao desenvolvimento de cataratas atópicas.
- Alergia de Contato
- Desencadeantes: Produtos químicos como neomicina, látex, níquel e hera venenosa.
- Sintomas: Reações induradas e eritematosas na pele e conjuntiva, tipicamente aparecendo 2-5 dias após a exposição.
- Conjuntivite Papilar Gigante
- Causa: Um fenômeno irritante, em vez de uma verdadeira alergia, muitas vezes devido a lentes de contato ou próteses oculares.
- Sintomas: Papilas gigantes na conjuntiva palpebral superior, semelhantes a reações alérgicas, mas sem a mesma resposta imunológica.
Quais são os sintomas mais comuns de alergia ocular
Os principais sintomas da alergia ocular incluem:
- Coceira: O sintoma mais comum, muitas vezes severo.
- Vermelhidão: Vermelhidão conjuntival leve a moderada.
- Inchaço: Inchaço conjuntival, conhecido como quemoses.
- Secreção: Secreção leve, particularmente na CV.
- Fotofobia: Sensibilidade à luz, especialmente na CV.
- Papilas gigantes e nódulos de Trantas: Vistos na CV e CA, caracterizados por grandes protuberâncias na conjuntiva e pontos brancos na junção córnea-conjuntiva.
Como é feito o diagnóstico de alergia ocular
O diagnóstico da alergia ocular é principalmente clínico, baseado nos sintomas do paciente e no histórico médico. Perguntas diagnósticas chave incluem:
- Localização e natureza da coceira
- Histórico de alergias, asma ou eczema
- Exposição a alérgenos conhecidos
- Sazonalidade dos sintomas
Como tratar alergia ocular
O tratamento da alergia ocular varia dependendo da gravidade dos sintomas:
- Evitar Alérgenos: Identificar e evitar alérgenos é o primeiro passo para controlar os sintomas.
- Compressas Frias: Ajudam a reduzir o inchaço e proporcionar alívio da coceira.
- Antihistamínicos Orais: Comumente usados para controlar sintomas alérgicos sistêmicos e oculares.
- Colírios Vasoconstritores/Antihistamínicos: Preparações de venda livre podem reduzir a vermelhidão e a coceira.
- Estabilizadores de Mastócitos: Colírios que previnem a liberação de mediadores pelos mastócitos, eficazes para conjuntivite alérgica leve a moderada. Têm um perfil de segurança elevado e podem ser usados durante toda a estação das alergias.
- Colírios de Corticosteroides: Usados para conjuntivite alérgica severa. São potentes e eficazes, mas requerem monitoramento para efeitos colaterais como aumento da pressão intraocular e formação de cataratas. Os corticosteroides preferidos incluem fluorometolona e etabonato de loteprednol.
- Ciclosporina Tópica: Pode oferecer benefícios no tratamento da alergia ocular, embora a ciclosporina oral não seja indicada.
Conclusão
As alergias oculares são comuns e podem afetar significativamente a qualidade de vida. Com a abordagem de tratamento correta, incluindo a evitação de alérgenos, medicamentos apropriados e monitoramento regular, as pessoas podem controlar seus sintomas e manter a saúde ocular.
Compreender a alergia ocular ajuda as pessoas a identificar os sintomas precocemente e buscar o tratamento adequado, garantindo uma melhora na qualidade de vida.
Fontes:
- Bielory L, Skoner DP, Blaiss MS, et al. Ocular and nasal allergy symptom burden in America: the Allergies, Immunotherapy, and RhinoconjunctivitiS (AIRS) surveys. Allergy Asthma Proc. 2014;35(3):211-218.
- Friedlaender MH. Ocular allergy. Curr Opin Allergy Clin Immunol. 2011;11(5):477-482. doi:10.1097/ACI.0b013e32834a9652
Congresso da Sociedade Brasileira de Oftalmologia 2024
Estamos orgulhosos de anunciar que nossos fundadores, Drs. Bruno Fernandes e Gustavo Novais, participaram do Congresso da Sociedade Brasileira de Oftalmologia 2024, realizado no Rio de Janeiro, entre 4 e 6 de junho 2024. Eles apresentaram palestras importantes, compartilhando suas experiências e inovações em oftalmologia.
Abaixo a lista de palestras com os links para baixar cada uma das apresentações:
O Papel do Demodex na Blefarite Crônica - Dr. Bruno F. Fernandes, MD, PhD
Demodex é um tipo de ácaro encontrado nas pálpebras que pode causar blefarite e outras condições inflamatórias nos olhos.
Dia a Dia do Consultório: Importância da Microscopia Confocal In Vivo - Dr. Gustavo A. Novais, MD, PhD
Vantagens de utilizar a microscopia confocal para o diagnostico de infeccões da córnea.
Caso clínico SBO 2024 - Dr. Gustavo A. Novais, MD, PhD
Apresentacao de um caso de lesão melanocítica de conjuntiva.
Ceratocone: Entendendo a Doença e como Tratá-la
Junho Violeta é o mês dedicado à conscientização sobre o ceratocone, uma doença ocular que pode afetar significativamente a visão e a qualidade de vida. Este artigo fornece uma visão geral sobre o ceratocone, suas causas, sintomas, diagnóstico e opções de tratamento, destacando a importância de cuidados oculares regulares e intervenções precoces.
O que é o ceratocone?
O ceratocone é uma condição ocular que causa a alteração na forma da córnea, levando a um afinamento e protrusão em forma de cone. Essa deformidade impede a entrada regular de luz na retina, resultando em uma visão distorcida. A prevalência do ceratocone é de aproximadamente 54 por 100.000 habitantes no Brasil, afetando especialmente jovens entre 10 e 25 anos.
Quais são os sinais e sintomas mais comuns do ceratocone?
Os principais sinais do ceratocone incluem:
- Visão turva ou distorcida.
- Sensibilidade à luz (fotofobia).
- Necessidade frequente de mudar a prescrição dos óculos.
- Visão dupla em um olho.
Esses sintomas tendem a piorar com o tempo, dificultando atividades diárias como leitura e direção. É crucial procurar um oftalmologista ao notar qualquer alteração significativa na visão.
Causas e fatores de risco
As causas exatas do ceratocone ainda não são completamente compreendidas, mas fatores genéticos e ambientais parecem desempenhar um papel importante. Estudos indicam que esfregar os olhos excessivamente e alergias oculares podem contribuir para o desenvolvimento e progressão da doença.
Diagnóstico
O diagnóstico do ceratocone geralmente é feito através de exames detalhados da córnea. Os métodos mais comuns incluem:
- Topografia corneana: mapeamento detalhado da superfície da córnea.
- Tomografia de coerência óptica (OCT): imagem detalhada das camadas da córnea.
- Exame com lâmpada de fenda: avaliação da estrutura do olho.
Esses exames ajudam a determinar a gravidade do ceratocone e a orientar o tratamento adequado.
Quais são os tratamentos disponíveis para o ceratocone?
O tratamento do ceratocone varia de acordo com a gravidade da condição e pode incluir:
- Óculos e Lentes de Contato
- Nos estágios iniciais, a visão pode ser corrigida com óculos ou lentes de contato rígidas permeáveis a gás (RGP). Essas lentes ajudam a criar uma superfície mais uniforme na córnea, melhorando a visão.
- Crosslinking de Colágeno Corneano
- O crosslinking é um tratamento inovador que fortalece a estrutura da córnea, retardando ou interrompendo a progressão do ceratocone. O procedimento envolve a aplicação de riboflavina (vitamina B2) na córnea seguida por exposição a luz ultravioleta (UV).
- Anéis Intracorneanos
- Os anéis intracorneanos são implantes de plástico que são inseridos na córnea para ajudar a remodelar sua forma. Este procedimento é indicado para pacientes com ceratocone moderado a avançado que não podem usar lentes de contato.
- Transplante de Córnea
- Nos casos mais graves, onde outras formas de tratamento não são eficazes, pode ser necessário um transplante de córnea. Existem dois tipos principais de transplante:
- Transplante penetrante (ceratoplastia penetrante): substituição de todas as camadas da córnea.
- Transplante lamelar (ceratoplastia lamelar): substituição de algumas camadas da córnea.
- Nos casos mais graves, onde outras formas de tratamento não são eficazes, pode ser necessário um transplante de córnea. Existem dois tipos principais de transplante:
Como prevenir a progressão do ceratocone
Embora o ceratocone não possa ser prevenido, algumas medidas podem ajudar a reduzir os riscos e a progressão da doença:
- Evitar esfregar os olhos.
- Tratar alergias oculares adequadamente.
- Realizar exames oftalmológicos regulares para detecção precoce.
O ceratocone é uma condição séria que pode afetar significativamente a qualidade de vida se não for tratada adequadamente. No entanto, com diagnóstico precoce e tratamento adequado, muitas pessoas conseguem manter uma boa visão e levar uma vida normal.
Download da cartilha
E para te ajudar ainda mais a se manter informado sobre a sua saúde ocular, nessa postagem tivemos a honra de colaborar com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia na produção de uma cartilha educativa sobre o ceratocone! Clique no link abaixo para baixar o documento em PDF. Assim fica fácil para você guardar e consultar sempre que precisar, e também divulgar para outras pessoas aumentando a conscientização sobre o ceratocone!
Os Desafios Visuais do Albinismo
"Você sabia que indivíduos com albinismo têm 20 vezes mais probabilidade de desenvolver deficiências visuais do que a população geral?"
O albinismo é uma condição genética rara caracterizada pela ausência completa ou parcial de melanina, afetando aproximadamente 1 em cada 20.000 pessoas. Embora o albinismo seja frequentemente associado à hipopigmentação da pele e do cabelo, seus efeitos nos olhos são igualmente significativos. Este artigo irá abordar os problemas oculares relacionados ao albinismo, explorando as causas, sintomas e opções de manejo.
90% dos indivíduos com albinismo têm deficiências visuais, com 20% classificados como legalmente cegos (visão de 20/200 ou pior).
Problemas Oculares Relacionados ao Albinismo
De acordo com a Organização Nacional de Albinismo e Hipopigmentação (NOAH), o albinismo afeta o desenvolvimento do olho, particularmente a retina e o nervo óptico. A falta de melanina nos olhos leva a:
- Hipoplasia Foveal: Subdesenvolvimento da fóvea, a área responsável pela visão central, resultando em acuidade visual reduzida.
- Hipoplasia do Nervo Óptico: Subdesenvolvimento do nervo óptico, afetando a transmissão da informação visual para o cérebro.
- Nistagmo: Movimentos involuntários dos olhos, frequentemente causando visão embaçada e dificuldades na percepção de profundidade. 60% dos indivíduos com albinismo têm nistagmo, com 40% apresentando estrabismo (olhos cruzados ou “vesgos”).
- Fotofobia: Sensibilidade à luz, levando a desconforto e cansaço visual.
Gerenciamento dos Problemas Oculares no Albinismo
Embora não exista cura para os problemas oculares relacionados ao albinismo, várias opções de manejo podem melhorar a função visual e aliviar os sintomas:
- Lentes Corretivas e Óculos: Lentes prescritas podem corrigir erros refrativos e melhorar a acuidade visual.
- Lentes de Contato: Lentes de contato especializadas podem melhorar a clareza visual e o conforto.
- Cirurgia: Cirurgia de estrabismo pode alinhar os olhos, enquanto a cirurgia de catarata pode melhorar a visão em indivíduos com cataratas relacionadas ao albinismo.
- Dispositivos de visão subnormal: Dispositivos adaptativos, como software de ampliação e lentes telescópicas, podem ajudar no funcionamento diário.
Vivendo com Albinismo: Estratégias e Recursos para Pacientes
Apesar de não haver cura, indivíduos com albinismo e suas famílias podem encontrar apoio e orientação através de instituições públicas e oftalmologistas da rede privada. As estratégias de tratamento incluem:
- Reabilitação Visual: Treinamento para maximizar a visão restante e se adaptar às limitações visuais.
- Aconselhamento: Suporte emocional para abordar os impactos psicológicos do albinismo.
- Conexão Comunitária: Participação em grupos de apoio para se conectar com outros que compartilham experiências semelhantes.
Conclusão
O albinismo apresenta desafios oculares significativos, afetando não apenas a acuidade visual, mas também o funcionamento diário. Compreendendo as causas, sintomas e opções de manejo, os indivíduos com albinismo podem navegar sua jornada visual com confiança.
Lembre-se, com o apoio e os recursos certos, indivíduos com albinismo podem prosperar e alcançar seu pleno potencial.
Fontes:
- Organização Nacional de Albinismo e Hipopigmentação (NOAH)
- American Academy of Ophthalmology
- Ocular albinism: Symptoms, causes, diagnosis, and management.
- Albinism: What You Can do for Your Patients - Review of Ophthalmology
Aviso Legal: Este blog é destinado apenas para fins informativos e não deve ser interpretado como conselho médico. Por favor, consulte seu oftalmologista para o diagnóstico e tratamento de condições oculares.
O Impacto da Anemia na Saúde Ocular
A anemia é uma condição em que o número de glóbulos vermelhos ou a concentração de hemoglobina dentro deles é menor do que o esperado. A anemia é uma grande preocupação de saúde pública, principalmente em crianças pequenas, mulheres grávidas e no pós-parto, e meninas e mulheres adolescentes com menstruação intensa. Países de baixa e média renda carregam o maior fardo da anemia, afetando particularmente as populações que vivem em áreas rurais, em lares mais pobres e que não receberam educação formal.
Globalmente, estima-se que 40% de todas as crianças de 6 a 59 meses, 37% das mulheres grávidas e 30% das mulheres de 15 a 49 anos sejam afetadas pela anemia.
Causas da Anemia
A anemia pode ser causada por deficiência alimentar de ferro, infecções, menstruação intensa, problemas na gravidez, histórico familiar e doenças crônicas como talassemia, traço falciforme e malária. A anemia ocorre quando não há hemoglobina suficiente para transportar oxigênio para os órgãos e tecidos, podendo causar desenvolvimento cognitivo e motor prejudicado durante a infância em casos graves. Também pode causar problemas para mulheres grávidas e seus bebês. A anemia causou 50 milhões de anos de vida saudável perdidos devido à incapacidade em 2019.
Anemia e Complicações Oculares
A anemia pode afetar a saúde ocular de várias maneiras, dependendo do tipo e da gravidade da condição. Aqui estão algumas das principais formas de como diferentes tipos de anemia podem impactar a visão:
1. Anemia por Deficiência de Ferro:
- Pode causar retinopatia, que inclui hemorragias retinianas e edema macular. Isso ocorre devido à diminuição do oxigênio transportado para os tecidos oculares.
- A esclera (a parte branca dos olhos) pode parecer azulada, e a parte interna das pálpebras pode se tornar pálida devido à falta de hemoglobin.
2. Anemia Falciforme:
- Pacientes com anemia falciforme podem desenvolver retinopatia proliferativa, que é uma das principais causas de perda de visão nessa população. Isso inclui alterações vasculares na retina que podem levar a hemorragias vítreas e descolamento de retina.
- Outras complicações incluem elevação da pressão intra-ocular quando apresentam hifema (sangramento na câmara anterior do olho) e oclusão da artéria retiniana central.
3. Anemia por Deficiência de Vitamina B12:
- Pode causar neuropatia óptica, manifestada como palidez do disco óptico. Isso resulta de danos ao nervo óptico devido à falta de vitamina B12.
Prevenção e Tratamento da Anemia
A anemia é prevenível e tratável. A principal forma de tratamento dessas complicações oculares é abordar a causa subjacente da anemia, seja por suplementação nutricional, tratamento de doenças crônicas ou outras intervenções médicas. Em casos de edema macular ou oclusão vascular, tratamentos específicos como a laserterapia ou injeções intravítreas podem ser necessários. A campanha Junho Laranja foi criada para alertar a população sobre duas doenças importantes que envolvem o sangue, a anemia e a leucemia.
Melhorar a diversidade dietética, implementar práticas eficazes de alimentação infantil, fornecer suplementação de micronutrientes e tratar doenças subjacentes e condições crônicas são imperativos críticos para salvar milhões de vidas afetadas pela anemia.
Fontes:
- https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/anaemia
- https://www.who.int/data/gho/data/themes/topics/anaemia_in_women_and_children
- https://retinatoday.com/articles/2016-may-june/anemic-retinopathy-case-reports-and-disease-features
- https://www.allaboutvision.com/conditions/related/anemia-effects-on-eyes/
- AlRyalat SA, Nawaiseh M, Aladwan B, Roto A, Alessa Z, Al-Omar A. Ocular Manifestations of Sickle Cell Disease: Signs, Symptoms and Complications. Ophthalmic Epidemiol. 2020;27(4):259-264.
O Impacto da Obesidade na Saúde Ocular
A obesidade é uma epidemia global com inúmeras consequências para a nossa saúde, incluindo seu impacto na saúde ocular. Este artigo explora a complexa relação entre obesidade, distribuição de gordura corporal e várias doenças oculares, destacando a necessidade de uma abordagem multidisciplinar para enfrentar esses desafios de saúde.
A obesidade afeta mais de dois bilhões de pessoas no mundo.
A Epidemia de Obesidade e Suas Consequências
A obesidade triplicou em todo o mundo desde 1980, afetando agora mais de dois bilhões de pessoas. O aumento do índice de massa corporal (IMC) e outras medidas de obesidade são fatores de risco críticos para doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, certos tipos de câncer e doenças oculares.
Doenças Oculares Ligadas à Obesidade
As doenças oculares estão se tornando cada vez mais prevalentes, com sérias repercussões na qualidade de vida e nos custos de saúde. As condições oculares mais associadas à obesidade incluem glaucoma, catarata, degeneração macular relacionada à idade (DMRI), retinopatia diabética (RD) e síndrome do olho seco.
Catarata
A catarata, particularmente a catarata subcapsular posterior e a catarata nuclear, está significativamente associada à obesidade. Estudos mostraram que a obesidade abdominal, medida pela circunferência da cintura e pela relação cintura-quadril, é um melhor preditor de catarata do que o IMC. Inflamação e estresse oxidativo, comuns em indivíduos obesos, são fatores cruciais no desenvolvimento da catarata.
Glaucoma
O glaucoma, principal causa de cegueira irreversível, tem fatores de risco multifatoriais, incluindo alto IMC. Estudos revelam uma relação significativa entre obesidade e glaucoma primário de ângulo aberto, principalmente a obesidade abdominal um fator de risco. A pressão intraocular elevada e a inflamação sistêmica em indivíduos obesos contribuem para essa associação.
Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI)
A DMRI é uma das principais causas de cegueira em idosos. Pesquisas indicam que a obesidade, particularmente a obesidade abdominal, está ligada a um aumento do risco de DMRI. Fatores relacionados ao estilo de vida, como dieta e atividade física, desempenham um papel crucial na diminuição desse risco. Por exemplo, uma dieta mediterrânea e atividade física regular têm mostrado reduzir a incidência de DMRI.
Retinopatia Diabética
A retinopatia diabética, uma complicação do diabetes, é exacerbada pela obesidade. O IMC alto e o índice de adiposidade visceral são preditores significativos de retinopatia diabética. A hiperleptinemia e a inflamação sistêmica em pacientes diabéticos obesos contribuem ainda mais para a progressão da RD. Monitorar e gerenciar a obesidade visceral pode ajudar a prevenir o aparecimento da RD.
Síndrome do Olho Seco
A síndrome do olho seco é comumente associada à obesidade devido à inflamação sistêmica e distúrbios metabólicos. Estudos mostram uma correlação positiva entre a porcentagem de gordura corporal e os sintomas de olho seco. Intervenções no estilo de vida, incluindo perda de peso e atividade física, provaram ser eficazes na redução dos sintomas de olho seco.
Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) e Doenças Oculares
A SAOS, muitas vezes ligada à obesidade, exacerba várias condições oculares, como a síndrome da pálpebra flácida, a coriorretinopatia serosa central e a neuropatia óptica isquêmica anterior não arterítica. A gordura visceral e a inflamação sistêmica desempenham papéis críticos nessas associações.
A Necessidade de uma Abordagem Multidisciplinar
Dada a complexa ligação entre obesidade e doenças oculares, uma abordagem multidisciplinar é essencial. Os profissionais de saúde devem considerar o peso corporal e a distribuição de gordura ao diagnosticar e tratar condições oculares. Oftalmologistas, nutricionistas e clínicos gerais devem colaborar para enfrentar esses problemas de saúde interconectados de forma eficaz.
O impacto da obesidade na saúde ocular é profundo e multifacetado, exigindo estratégias abrangentes de prevenção e tratamento. Continuar a pesquisa e as iniciativas de saúde pública é crucial para mitigar esses desafios de saúde e melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas em todo o mundo.
Ao abordar a obesidade através de modificações no estilo de vida e intervenções médicas, podemos reduzir significativamente o peso das doenças oculares relacionadas à obesidade.
Fonte:
Bosello F, Vanzo A, Zaffalon C, et al. Obesity, body fat distribution and eye diseases. Eat Weight Disord. 2024;29(1):33. Published 2024 May 6.
31 de Maio: Dia Mundial Sem Tabaco
Todos os anos, no dia 31 de maio, a OMS e seus parceiros em todo o mundo comemoram o Dia Mundial Sem Tabaco, destacando os riscos à saúde associados ao uso do tabaco e defendendo políticas eficazes para reduzir seu consumo.
Há 1,3 bilhão de usuários de tabaco em todo o mundo.
O tabagismo é uma preocupação global de saúde pública ligada a diversas doenças crônicas. O tabaco é o único produto de consumo legal que mata até metade de seus usuários quando usado exatamente de acordo com as instruções do fabricante. O uso do tabaco é responsável pela morte de um em cada 10 adultos, totalizando cerca de 8 milhões de pessoas por ano (incluindo mais de 1 milhão de não fumantes expostos ao fumo passivo), sendo assim a causa de morte mais evitável em todo o mundo!
Como o Tabagismo Pode Afetar a Visão
Enquanto seus efeitos sobre a saúde pulmonar e cardiovascular são bem conhecidos, o tabagismo também tem impactos significativos, muitas vezes negligenciados, na saúde ocular. A fumaça do cigarro contém uma mistura de constituintes nocivos, incluindo nicotina e produtos químicos tóxicos. Essas substâncias permeiam a corrente sanguínea e alcançam os tecidos oculares, causando estresse oxidativo e inflamação. Esses processos são centrais para o desenvolvimento de várias doenças oculares.
Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI)
A DMRI é uma das principais causas de perda de visão, fortemente associada ao tabagismo. Os fumantes enfrentam um risco maior de DMRI tanto precoce quanto avançada. Os compostos nocivos da fumaça do cigarro desestabilizam o equilíbrio delicado do ambiente ocular, levando a mudanças patológicas na retina e mácula. Estudos demonstram que o estresse oxidativo, a inflamação e os danos vasculares são mecanismos-chave pelos quais o hábito de fumar contribui para a progressão da DMRI.
Catarata
A catarata, caracterizada pela opacificação do cristalino, desenvolve-se mais cedo e progride mais rapidamente em fumantes. Os produtos químicos relacionados ao cigarro, o estresse oxidativo no cristalino e os níveis reduzidos de antioxidantes entre os fumantes contribuem para a progressão das cataratas.
Glaucoma
O glaucoma, uma das principais causas de cegueira globalmente, está ligado ao tabagismo. Pesquisas indicam que o tabagismo pode aumentar a pressão intraocular, um fator de risco significativo para o dano progressivo ao nervo óptico no glaucoma de ângulo aberto. Embora os mecanismos exatos não sejam completamente compreendidos, acredita-se que o estresse oxidativo e a disfunção vascular também desempenhem um papel.
Olho Seco
A síndrome do olho seco, marcada por produção inadequada de lágrimas ou baixa qualidade lacrimal, é mais prevalente entre os fumantes. As substâncias tóxicas na fumaça do cigarro podem alterar a composição do filme lacrimal, aumentando a evaporação das lágrimas e a inflamação. Isso leva a sintomas como secura, irritação e visão embaçada.
Conclusão
O tabagismo representa um risco significativo para a saúde ocular, contribuindo para doenças como DMRI, catarata, glaucoma e síndrome do olho seco. O estresse oxidativo, a inflamação e os danos vasculares causados pelo cigarro ressaltam a importância da conscientização e promover a cessação do tabagismo, para proteger a saúde ocular e melhorar a qualidade de vida das pessoas.
Enquanto as empresas de tabaco gastam mais de 8 bilhões de dólares por ano em marketing e publicidade, nós continuamos nosso trabalho de formiguinha expondo os riscos do cigarro para a sua saúde.
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Fontes:
- https://www.paho.org/pt/campanhas/dia-mundial-sem-tabaco-2024
- Kulkarni A, Banait S. Through the Smoke: An In-Depth Review on Cigarette Smoking and Its Impact on Ocular Health. Cureus. 2023 Oct 27;15(10):e47779.
26 de Maio: Dia Nacional de Combate ao Glaucoma
Maio é o Mês da Conscientização sobre o Glaucoma, uma época dedicada a educar o público sobre uma das principais causas de cegueira em todo o mundo. O glaucoma representa um desafio significativo para a saúde pública, afetando quase 80 milhões de pessoas no mundo e impondo pesados encargos econômicos. Este artigo aborda a prevalência do glaucoma no Brasil, seu impacto na cegueira, as questões de conscientização e diagnóstico tardio, as disparidades no acesso ao tratamento e as implicações econômicas dessa doença. Compreendendo esses fatores, podemos apreciar melhor a urgência de enfrentar o glaucoma e as medidas necessárias para mitigar seu impacto na sociedade brasileira.
O glaucoma afeta quase 80 milhões de pessoas no mundo
Prevalência do Glaucoma no Brasil
O glaucoma afeta aproximadamente 2% da população brasileira com 40 anos ou mais. A prevalência do glaucoma aumenta com a idade, chegando a 6.2% no grupo etário entre 70 e 79 anos. O tipo mais comum, o glaucoma primário de ângulo aberto (GPAA), muitas vezes passa despercebido até que ocorra uma perda substancial da visão. A detecção precoce e os exames oculares regulares são cruciais para gerenciar essa condição e prevenir a cegueira. O glaucoma é a segunda principal causa de cegueira no Brasil, atrás da catarata, porém é o maior responsável pelos casos de cegueira irreversível (cerca de 12% dos casos). Esse dado destaca a necessidade crítica de iniciativas de saúde pública focadas na detecção precoce e no tratamento. Sem o manejo adequado, o glaucoma pode levar à perda permanente da visão, impactando severamente a qualidade de vida.
Baixa Conscientização e Diagnóstico Tardio do Glaucoma
Um desafio significativo no combate ao glaucoma no Brasil é a falta de conscientização. Estudos mostram que até 54% das pessoas com glaucoma não respondem à pergunta "O que é glaucoma?”, 54% não sabem qual o objetivo do tratamento, 80% não têm conhecimento do que é uma pressão intraocular média, e 94% não entendem por que os campos visuais são examinados para acompanhamento. Essa falta de conscientização leva a diagnósticos e tratamentos tardios, aumentando o risco de perda grave da visão. Campanhas de educação pública são essenciais para melhorar a conscientização e incentivar exames oculares regulares.
Disparidades no Acesso ao Tratamento do Glaucoma
Em áreas urbanas, os pacientes geralmente têm melhor acesso a oftalmologistas e tratamentos avançados, enquanto em áreas rurais, a falta de infraestrutura de saúde e de profissionais especializados limita significativamente o cuidado adequado. Um estudo mostrou que, nas áreas rurais, a média de tempo para conseguir uma consulta oftalmológica é de 8.4 meses, em comparação com 4.6 meses nas áreas urbanas. Além disso, muitos pacientes em áreas rurais dependem de hospitais públicos devido a restrições econômicas, o que pode atrasar ainda mais o diagnóstico e o tratamento adequados do glaucoma. Essas disparidades destacam a necessidade de políticas de saúde que melhorem o acesso ao cuidado oftalmológico em áreas rurais, garantindo que todos os pacientes possam receber o tratamento necessário.
Impacto Econômico do Glaucoma no Brasil
O impacto econômico do glaucoma no Brasil é significativo, abrangendo tanto custos não médicos diretos quanto indiretos. Em média, os custos não médicos diretos, que incluem transporte, alimentação, hospedagem e despesas com acompanhantes por ano são de:
- R$ 587.47 para casos iniciais,
- R$ 660.52 para casos moderados, e
- R$ 708.54 para casos avançados.
Os custos indiretos, relacionados principalmente à perda de produtividade e aposentadoria devido à doença, são ainda mais elevados:
- R$ 20,156.75 para GPAA inicial,
- R$ 26,988.16 para GPAA moderado, e
- R$ 27,263.82 para GPAA avançado.
Estes custos aumentam conforme a doença progride, destacando a necessidade de estratégias eficazes de prevenção e tratamento para reduzir o impacto financeiro sobre os pacientes e o sistema de saúde.
A Importância dos Exames Oculares Regulares para a Detecção Precoce e Prevenção da Cegueira
Ao detectar a doença em seus estágios iniciais, os indivíduos podem gerenciar sua condição de forma mais eficaz, preservando sua visão e qualidade de vida. Durante o Mês da Conscientização sobre o Glaucoma, enfatizamos a importância de exames regulares e da educação pública para combater esse ladrão silencioso da visão. Tomar medidas proativas agora pode prevenir a cegueira e garantir um futuro mais saudável para milhões de brasileiros.
Os exames oculares regulares são cruciais para a detecção precoce e o tratamento do glaucoma, reduzindo significativamente o risco de cegueira irreversível.
Fontes:
- Glaucoma Research Foundation. (2020). What is Glaucoma?
- World Health Organization. (2021). World report on vision
- Machado, G. M., Braga, L. A., Amorim, R. S., & Silva, T. D. M. N. (2020). Impacto financeiro no tratamento cirúrgico do glaucoma. Revista Brasileira de Oftalmologia, 79, 231-235.
- Annah Rachel Rachel Graciano, Thiago Hayashida Teles de Carvalho, Felipe Zibetti Pereira, Paulo André Assumpção Aires Fonseca, Marcos Augusto Ferreira Vaz, Lucas Mike Naves Silva, Cristine Araújo Póvoa; GLAUCOMA PREVALENCE IN BRAZIL DEMONSTRATED IN TEN YEARS. Invest. Ophthalmol. Vis. Sci. 2016;57(12):2596.
- Costa VP, Spaeth GL, Smith M, Uddoh C, Vasconcellos JP, Kara-José N. Patient education in glaucoma: what do patients know about glaucoma? Arq Bras Oftalmol. 2006 Nov-Dec;69(6):923-7.
- Glaucoma Care in Rural and Urban Brazil
- Freitas SM, Guedes RAP, Guedes VMP, Paletta LAC, Gravina DM, Chauobah A. Custos não médicos diretos e indiretos relacionados ao glaucoma primário de ângulo aberto no Brasil. Rev Bras Oftalmol. 2019;78(3):166-9.
Segurança no Trânsito e a Saúde Ocular
Coordenado pelo Observatório Nacional de Segurança Viária (ONSV), o Maio Amarelo é uma oportunidade para todos contribuírem para a construção de um trânsito mais seguro e humano. O amarelo foi escolhido pois simboliza atenção e também a sinalização e advertência no trânsito.
Paz no Trânsito Começa por Você
O lema da campanha em 2024 é "Paz no trânsito começa por você". Aqui estão algumas das recomendações mais conhecidas para você contribuir para uma maior segurança no trânsito para todos:
- Nunca dirija após consumir bebidas alcoólicas ou qualquer entorpecente, incluindo remédios com prescrição que alterem o seu nível de alerta e capacidade de reação.
- Sempre use o cinto de segurança, valendo para todos os passageiros do veículo.
- Evite dirigir em caso de sonolência, fadiga, e em condições climáticas adversas.
- Não use celular enquanto estiver dirigindo.
E Quanto à Visão?
A visão é um dos nossos sentidos mais importantes, especialmente quando se trata de dirigir um veículo, ajudando a prevenir acidentes. Miopia, hipermetropia e astigmatismo podem afetar negativamente a capacidade de um motorista de enxergar corretamente e reagir a tempo a situações de trânsito. Além disso, doenças oculares, como catarata e glaucoma, podem reduzir a visão periférica e prejudicar a capacidade de julgamento de distância e velocidade, principalmente em condições de baixa visibilidade, como à noite ou na presença de chuva e/ou neblina intensa.
O comprometimento da saúde visual foi responsável por 1,659 sinistros de trânsito em rodovias federais, entre 2016 e 2019.
Estatísticas de Visão e Trânsito no Brasil
Atualmente no Brasil são 20,7 milhões de motoristas e motociclistas que não podem dirigir se não estiverem fazendo uso de óculos ou lentes de contato, quase um terço da população habilitada a dirigir! Outros 332 mil têm restrições associadas à visão (cegueira de um dos olhos), e 102 mil condutores não podem dirigir após o pôr do sol. O comprometimento da saúde visual foi responsável por 1.659 sinistros de trânsito em rodovias federais, entre 2016 e 2019, mostrando como a saúde dos olhos afeta diretamente a segurança no trânsito.
Prevenção e Orientação: A Importância do Exame Oftalmológico
É importante lembrar que pessoas com baixa visão ou que precisam de lentes corretivas podem sim dirigir. O importante é ser preventivo, diagnosticando, tratando quando possível, e sempre orientando o portador de deficiência sobre suas limitações. No exame para a concessão ou renovação da CNH, o especialista analisa as condições do candidato de conduzir um veículo sem oferecer perigo para outros motoristas, passageiros e pedestres. São analisadas a acuidade visual, o campo de visão, a capacidade do candidato de enxergar à noite e reagir prontamente – com resposta rápida e segura ao ofuscamento provocado pelos faróis dos demais veículos – e a capacidade de reconhecer as luzes e suas posições nos semáforos.
Estar em dia com seu exame oftalmológico anual é importante não só para manter a saúde dos seus olhos, mas também para deixar o trânsito mais seguro para todos!
Fontes:
https://www.onsv.org.br/maioamarelo/conheca-o-movimento
https://hopr.com.br/a-saude-dos-olhos-e-a-seguranca-no-transito-andam-juntas/