10 a 16 de Março: Semana Mundial do Glaucoma
O glaucoma é uma das principais causas de cegueira, responsável pela deficiência visual de mais de 7 milhões de pessoas no mundo. Apesar de ser existir tratamentos para controle da pressão ocular e prevenir o dano visual, o glaucoma ainda é a principal causa de cegueira irreversível. No mundo, estima-se que aproximadamente 80 milhões de pessoas possuem glaucoma, estando em risco de perder a visão. No Brasil, o glaucoma é responsável por 4% dos casos de deficiência visual.
Entre 2-3% da população brasileira acima de 40 anos podem ter glaucoma (1,5 milhão de pessoas)
O que é o glaucoma?
Glaucoma é uma doença caracterizada por um grupo de condições relacionada a danos ao nervo óptico e perda do campo visual, cujo principal fator de risco é o aumento da pressão ocular. Outros fatores de risco incluem histórico familiar, uso crônico de corticóide, trauma ou inflamação ocular e fazer parte de um grupo étnico suscetível. A prevalência do glaucoma aumenta com a idade, sendo incomum entre as pessoas com idade inferior a 40 anos (com a exceção dos casos de glaucoma congênito). Como as fases iniciais do glaucoma normalmente não tem sintoma, os pacientes muitas vezes buscam o tratamento em uma fase já bastante adiantada da doença. A prevenção é essencial porque, uma vez que a visão foi perdida, independentemente do tipo de glaucoma, ela não pode ser restaurada.
Qual o tratamento do glaucoma?
Os dois principais tipos de glaucoma são conhecidos como glaucoma de ângulo aberto e glaucoma de ângulo fechado.
O glaucoma de ângulo aberto pode ser gerenciado pelo uso contínuo de colírios para reduzir a pressão intraocular ou por meio de procedimentos cirúrgicos. Parte do tratamento inclui visitas periódicas ao seu oftalmologista para o monitoramento a longo prazo do campo visual e da pressão intraocular. As crises agudas do glaucoma de ângulo fechado podem ser prevenidas com a detecção precoce através de um exame oftalmológico, seguida de um tratamento a laser ou cirúrgico.
O controle de pressão ocular é a única forma conhecida de evitar a cegueira pelo glaucoma.
Criança também pode ter glaucoma?
O glaucoma congênito é uma causa importante de cegueira infantil. O Teste do Olhinho, que deve ser realizado ainda na maternidade em todos os recém-nascidos, é um teste muito simples, que além de detectar doenças como o retinoblastoma ou catarata, também ajuda a identificar crianças com glaucoma congênito.
Como reduzir o impacto do glaucoma no Brasil?
Para reduzir o número de cegos por glaucoma no Brasil, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia sugere três medidas prioritárias:
- Ampliar o conhecimento da população sobre a doença;
- Garantir que a população pertencente aos grupos de risco (maiores de 50 anos, histórico familiar da doença, afro descendentes, pacientes com pressão intraocular elevada), sejam submetidos a um bom exame oftalmológico;
- Garantir o acesso ao tratamento (com o fornecimento dos colírios necessários) e a educação dos pacientes sobre seu uso.
Educação, diagnostico precoce e acesso ao tratamento são os três pilares na estratégia de prevenção da cegueira causada pelo glaucoma!
Março é o Mês da História das Mulheres
8 de março é celebrado o Dia Internacional do Direito das Mulheres desde 1911. Na década de 1970, grupos locais e municípios nos Estados Unidos começaram a celebrar a Semana da História da Mulher, e em 1980, o presidente Jimmy Carter designou a primeira Semana Nacional da História da Mulher, começando em 08 de março daquele ano. Logo notou-se que esse período permitia não apenas a celebração das conquistas das mulheres, mas também um olhar crítico na desigualdade e as oportunidades das mulheres. Em Mês da História das Mulheres de 1987, a semana se tornou um mês inteiro, e o Congresso americano declarou oficialmente o primeiro Mês da História das Mulheres.
Como uma homenagem a todas as mulheres fantásticas que contribuíram enormemente para a evolução da oftalmologia no Brasil e no mundo, hoje voltamos no tempo, relembrando 3 mulheres que mudaram a medicina, especificamente no que se refere ao tratamento de doenças oculares.
Rita Levi-Montalcini
Rita Levi-Montalcini foi uma pesquisadora na área de neurociência, de origem italiana e judaica, que descobriu o fator de crescimento nervoso e, com justiça, ganhou o Prêmio Nobel de Fisiologia ou Medicina de 1986, ao lado de seu colaborador Stanley Cohen. Ela foi perseguida pela ditadura fascista de Benito Mussolini e experimentou discriminação de gênero e religiosa durante toda a sua vida. Apesar desses obstáculos, ela realizou suas atividades com diligência e graça, tornando-se um modelo no campo.
Mildred Mosler Weisenfeld
Mildred Mosler Weisenfeld, nascida no Brooklyn, foi a fundadora da fundação nacional sem fins lucrativos o Conselho Nacional para Combater a Cegueira em 1946, agora conhecida como “Fight for Sight”, uma organização baseada na cidade de Nova York que fornece fundos iniciais para cientistas promissores no início de suas carreiras. Por 50 anos, Weisenfeld foi uma campanha de uma só mulher para aumentar o financiamento para a pesquisa ocular, apesar de perder sua própria visão e não ter formação científica.
Ida Caroline Mann
A Professora Ida Caroline Mann foi uma oftalmologista distinta, igualmente conhecida por seu trabalho de pesquisa pioneiro sobre embriologia e desenvolvimento do olho, e sobre as influências de fatores genéticos e sociais na incidência e gravidade de doenças oculares em todo o mundo. Apenas outras seis mulheres eram "Fellows" naquela época.
Acreditamos que melhorar o cuidado da visão significa investir na diversidade. Ao entrarmos no Mês da História da Mulher, dedicamos um tempo para reconhecer essas pioneiras na história da oftalmologia que abriram caminho para outras mulheres na área da visão. Junte-se a nós enquanto celebramos as realizações de mulheres líderes no cuidado dos olhos.
Recomendações de uso de tela na infância
Nos últimos cinco anos, houve um aumento significativo no uso de mídia digital entre jovens. Há cinco anos, eles já passavam, em média, quase 6 horas e meia por dia na frente de telas. Hoje, isso subiu para quase 8 horas — praticamente a mesma carga horária de trabalho diário da maioria dos adultos. Se consideramos o uso de múltiplas mídias simultaneamente, os jovens de hoje podem consumir até 10 horas e 45 minutos de conteúdo de mídia digital em apenas 7 horas e meia! Por incrível que pareça, 21% dos jovens de 8 a 18 anos se envolvem com mais de 16 h de conteúdo de mídia digital (!!) em um só dia de acordo com um relatório da Kaiser Family Foundation.
21% dos jovens de 8 a 18 anos se envolvem com mais de 16 h de conteúdo de mídia digital por dia!
Pré-Adolescência e a Adolescência Se Destacam no Consumo de Mídia Digital
O aumento no uso de mídia quando as crianças atingem o grupo de idade de 11 a 14 anos é substancial — um aumento de mais de três horas por dia de uso de tela, totalizando quase nove horas diárias. Os maiores aumentos são vistos no uso de TV e videogames, com jovens de 11 a 14 anos consumindo em média cinco horas de conteúdo de TV e filmes e quase 1:30h jogando videogames por dia. Em resumo, à medida que as crianças se aproximam da adolescência, seu consumo de mídia intensifica significativamente.
Correlação Entre Tempo de Tela e Aumento do Risco de Miopia
Uma revisão no The Lancet Digital Health, que incluiu mais de 30 estudos e dezenas de milhares de crianças em todo o mundo, revela um risco elevado de miopia com o aumento do tempo gasto em smartphones ou tablets. Os fatores contribuintes incluem a demanda por foco de perto e a exposição limitada à luz natural externa.
...um risco elevado de miopia com o aumento do tempo gasto em smartphones ou tablets.
Uso de Telas e Seu Impacto nos Jovens
Quase metade (47%) dos usuários intensos (mais de 16 horas) relatam receber notas ruins, em oposição a 23% dos usuários leves (menos de três horas). Esses usuários intensos também tendem a ter mais problemas comportamentais e relatam níveis mais baixos de felicidade e satisfação. Embora o estudo destaque essas correlações, ele não confirma uma relação definitiva de causa e efeito entre o uso de mídia e esses resultados adversos. A Academia Americana de Psiquiatria Infantil e Adolescente adverte que o excesso de tempo de tela tem sido associado a uma variedade de outros problemas, incluindo:
- Problemas de sono
- Desempenho acadêmico ruim
- Leitura de livros reduzida
- Menos interação com família e amigos
- Atividade física inadequada
- Problemas de peso
- Dificuldades emocionais
- Preocupações com autoimagem e imagem corporal
- Medo de ficar de fora
- Exploração limitada de outras atividades de lazer
Usuários intensos também tendem a ter mais problemas comportamentais e relatam níveis mais baixos de felicidade e satisfação.
Influência Positiva da Intervenção dos Pais Faz a Diferença
Felizmente, crianças cujos pais limitam ativamente o uso de mídia passam significativamente menos tempo na frente de telas. As diretrizes dos pediatras sugerem:
- Menos de 2 anos - Zero tempo de tela, exceto para videochamadas com familiares.
- 2 a 5 anos - Não mais do que 1h por dia de mídia
- 5 a 17 anos - Um máximo de 2h por dia, não incluindo lição de casa.
Para promover um ambiente de mídia mais saudável, considere estas regras:
- Estabelecer zonas livres de tela (como a mesa de jantar) para fortalecer conexões face a face em família.
- Designar tempos livres de tela (como durante a lição de casa ou antes de dormir) para que a mídia não interfira na aprendizagem e no sono.
- Aplicar uma política de 'uma tela de cada vez'.
A Mudança Começa Com os Pais e Mães
É crucial criar e aderir a um plano de mídia para cada membro da família. Dar o bom exemplo é a chave para ajudar sua família a cultivar uma abordagem equilibrada e saudável ao uso da tecnologia.
29 de Fevereiro: Dia Mundial das Doenças Raras
Desde 2008, o último dia de fevereiro foi definido como o Dia Mundial das Doenças Raras. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), doenças raras são caracterizadas por uma ampla diversidade de sinais e sintomas, que variam de enfermidade para enfermidade, assim como de pessoa para pessoa afetada pela mesma condição.
Existem cerca de 7 mil doenças raras descritas, sendo 80% de origem genética e 20% de causas infecciosas, virais ou degenerativas.
Apesar de individualmente cada uma dessas doenças ser pouco comum, como um grupo, elas afetam 5 indivíduos a cada 10.000 pessoas, um número considerável. No Brasil, 13 milhões de brasileiros vivem com essas enfermidades.
Entre as doenças raras, muitas também afetam a visão. Alguns exemplos são:
- Paramiloidose,
- Ehlers-Danlos,
- Ictiose Lamelar,
- Xantomatose Cerebrotendínea,
- Síndromes de Smith-Magenis, Lowe, Cornelia de Lange, Dravet, Marfan, Noonan e Morquio.
Como são pouco conhecidas, para chegar ao diagnóstico, um paciente chega a consultar até 10 médicos diferentes. E, como consequência, a maioria é diagnosticada tardiamente. Para 95% dos pacientes, não há tratamento, restando somente os cuidados paliativos e serviços de reabilitação, e para 3%, existem tratamentos regulares que atenuam os sintomas. Para os 2% restantes, existem tratamentos com medicamentos órfãos, que, por razões econômicas, precisam de incentivo para serem desenvolvidos e podem custar até milhões de reais por paciente.
No Brasil, o Ministério da Saúde, por meio da Portaria nº 199/2014, instituiu a Política Nacional de Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras, aprovou as Diretrizes para Atenção Integral às Pessoas com Doenças Raras no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e instituiu incentivos financeiros de custeio.
https://youtu.be/zEQ828Lkxac
Esse é o video da campanha oficial. Mais detalhes e artes para baixar podem ser encontradas no website .
Fevereiro roxo: mês da conscientização sobre o lúpus
Lúpus, ou lúpus eritematoso sistêmico, é uma doença inflamatória autoimune onde o próprio sistema imunológico ataca tecidos saudáveis do corpo por engano. Pode ocorrer em pessoas de qualquer idade e sexo, principalmente entre 20 e 45 anos. Estudos indicam que as doenças autoimunes como o lúpus podem acontecer devido a uma combinação de fatores hormonais, infecciosos, genéticos e ambientais.
Cerca de 50% dos pacientes com lúpus podem apresentar manifestações oculares.
As manifestações mais comuns do lúpus incluem:
- Manchas na pele (70%–80%) incluindo erupção malar (rash em borboleta), lúpus discóide, fotossensibilidade e lesões mucosas;
- Artrite (80%–85%), principalmente nas mãos, pulsos e joelhos;
- Doença renal (50%–75%);
- Fenômeno de #Raynaud (30%–50%), caracterizado por episódios de palidez, cianose e rubor dos dedos das mãos e pés, geralmente desencadeados pelo frio ou estresse emocional;
- Envolvimento neurológico (35%), desde dores de cabeça, alterações cognitivas e convulsões até psicose.
As manifestações oculares do lúpus podem afetar cerca de 50% dos pacientes, as mais comuns sendo:
- Paralisias dos nervos cranianos;
- Lesões nas pálpebras;
- Olho seco;
- Inflamação de diversas partes do olho:
- Esclera (a parte branca do olho);
- Nervo óptico, que pode afetar a visão;
- Íris, o corpo ciliar e a coroide (tecidos intraoculares);
- Retina. A prevalência varia de 3% em pacientes com doença leve a 29% em pacientes com doença mais ativa.
A identificação precoce e o tratamento adequado das manifestações oculares do lúpus são cruciais para evitar complicações visuais significativas. Recomenda-se que pacientes com lúpus sejam regularmente monitorados por um oftalmologista, especialmente aqueles com atividade sistêmica da doença, para prevenir e tratar prontamente quaisquer complicações oculares.
Se não houver cura que, no mínimo, haja conforto.
Apesar do lúpus ser uma doença crônica incurável, o paciente ainda assim pode se beneficiar de tratamentos disponíveis e garantir a melhor qualidade de vida possível.
Por que um personagem da Disney apareceu de tampão no olho?
Ano passado, a Disney apresentou o trailer de um dos seus próximos lançamentos, chamado Elio. O que chamou a atenção foi o personagem principal usar um tampão no olho esquerdo!
Saiba o porquê do tampão e como essa iniciativa tem um enorme fator positivo na saúde ocular das nossas crianças.
A ambliopia é um distúrbio do desenvolvimento visual onde a visão de um dos olhos não se desenvolve adequadamente durante a infância, também conhecida como "olho preguiçoso". Na idade escolar, cerca de 20-25% das crianças apresentam algum tipo de problema ocular, como erros refrativos e estrabismo (olho vesgo) que podem levar à ambliopia. O cérebro tende a favorecer o olho com melhor visão, e somente a intervenção apropriada e em tempo correto pode prevenir e reverter a perda visual.
Crianças que usam óculos ou tampão são 35% a 37% mais propensas a sofrerem bullying.
A ambliopia é a maior responsável por visão reduzida unilateralmente durante a fase pré-escolar e, infelizmente, foi encontrada em 10% das crianças assistidas pelo Programa de Saúde da Família no Rio de Janeiro. Passada uma certa idade (6-7 anos), a chance de recuperar a visão diminui drasticamente e, quando adulto, não há mais chance de recuperar a visão.
Em alguns casos, o tratamento da ambliopia pode ser feito com o uso de óculos para corrigir erros refrativos. Porém, em vários casos, é necessária a oclusão do "olho bom" com um tampão, para "forçar" o desenvolvimento da visão no "olho ruim". Estudos indicam que o sucesso do tratamento está fortemente ligado à aderência ao tratamento e à regularidade do uso do tampão.
O sucesso do tratamento depende da regularidade do uso do tampão.
Entre os diversos fatores que podem influenciar a aderência ao tratamento, está a criança ter vergonha de usar o tampão. Infelizmente, crianças que usam óculos ou tampão são 35% a 37% mais propensas a sofrerem #bullying. Nessa linha, a iniciativa da Disney é louvável e certamente irá ajudar a eliminar o estigma, estimular o uso do tampão e garantir o desenvolvimento adequado da visão. Mais além, uma experiência positiva com o uso do tampão está relacionada a um menor impacto psicológico da ambliopia na adolescência!
Que tal marcar aqui a mãe de um super-herói que usa tampão para ajudar na nossa missão de conscientização?
5 fatos sobre a Degeneração Macular Relacionada à Idade
Fevereiro também é o mês de conscientização sobre a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), uma das principais causas de perda de visão em pessoas com mais de 50 anos.
Aqui estão cinco fatos interessantes e atuais sobre a DMRI no Brasil:
- Prevalência: Estudos regionais no Brasil destacam a relevância da DMRI em idosos. Por exemplo, em Londrina, foi identificada uma prevalência de 15,1% em pessoas com mais de 60 anos, e em Veranópolis, uma prevalência de 30,5% em pacientes acima de 80 anos.
- Fatores de Risco: A idade é o principal fator de risco para a DMRI, além de outros fatores como etnia caucasiana, aterosclerose, tabagismo, exposição excessiva ao sol, dieta rica em gorduras e doenças cardiovasculares. O tabagismo e a dieta são considerados os principais fatores de risco modificáveis.
- Diagnóstico: A detecção precoce é crucial para monitorar a progressão da doença, especialmente para a forma úmida da DMRI, onde o tratamento pode impedir a perda visual irreversível. Exames como a angiografia fluoresceínica e a tomografia de coerência óptica (OCT) são alguns dos exames recomendados para detecção de alterações maculares sutis.
- Tratamento: Para a DMRI úmida, tratamentos com injeções intraoculares de anti-VEGF são eficazes em impedir a progressão da doença e, em alguns casos, ajudar na recuperação da visão. Recentemente, foram aprovados dois tratamentos para a DMRI seca, enquanto estilos de vida saudáveis e dietas específicas também podem ajudar a estabilizar a doença.
- Prevenção: Um estilo de vida saudável, incluindo dieta com baixa ingestão de gorduras, consumo de verduras de folhas verdes, frutas, frutas secas, peixes ricos em ômega-3, controle do peso, pressão arterial, níveis de colesterol, uso de óculos de sol e evitar o tabagismo são medidas preventivas recomendadas. Suplementos dietéticos contendo uma combinação de vitaminas e minerais também podem ajudar a reduzir o risco de desenvolver DMRI.
Esses dados destacam a importância de ações de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado para mitigar os impactos da DMRI na população idosa!
A detecção precoce é crucial para monitorar a progressão da doença e pode evitar a perda visual irreversível, especialmente na forma úmida da DMRI.
15 de Fevereiro: Dia Internacional Contra o Câncer Infantil
Retinoblastoma é um câncer da retina - a parte interna do seu olho que processa a visão - e pode ocorrer em um ou ambos os olhos. O retinoblastoma afeta mais comumente crianças pequenas, mas pode raramente ocorrer em adultos.
Embora o retinoblastoma nem sempre seja hereditário, mutações genéticas que aumentam o risco podem ser transmitidas de pais para filhos. Se um dos pais carrega um gene mutado, cada filho tem 50% de chance de herdar esse gene.
Quais os sinais e sintomas do retinoblastoma?
Como o retinoblastoma afeta principalmente bebês e crianças pequenas, muitas vezes não há queixa alguma. Sinais que você pode notar incluem:
- Uma cor branca no círculo central do olho (pupila) quando luz é projetada no olho (teste do olhinho)
- Olhos que parecem estar olhando em direções diferentes
- Dificuldade em enxergar
- Vermelhidão
- Inchaço das pálpebras
Marque uma consulta se você notar qualquer mudança nos olhos do seu filho. Se você tem um histórico familiar de retinoblastoma, discuta isso com seu médico se estiver planejando ter filhos.
Mesmo na ausência de sintomas, é aconselhável que todas as crianças consultem um oftalmologista no primeiro ano de vida, para detecção precoce de qualquer doença ocular, incluindo retinoblastoma.
Quais são as opções de tratamento para crianças com retinoblastoma?
O tratamento do retinoblastoma visa preservar a vida da criança, salvar o olho afetado e proteger a visão. As opções incluem quimioterapia, terapia localizada (como crioterapia, termoterapia ou braquiterapia), radioterapia, e em casos avançados, a remoção do olho. A escolha do tratamento depende de cada paciente e a detecção precoce é crucial para um prognóstico mais favorável e a possibilidade de usar terapias menos invasivas.
As taxas de cura para retinoblastoma têm melhorado significativamente, com estudos indicando uma taxa de sobrevida de mais de 95% quando o câncer está confinado ao olho.
É importante ressaltar que a supervisão contínua é necessária para monitorar possíveis recorrências ou o desenvolvimento de cânceres secundários.
4 de Fevereiro: Dia Mundial de Combate ao Câncer
O Dia Mundial do Câncer, 4 de fevereiro, é uma oportunidade para disseminar informações sobre prevenção e controle para a população. Embora menos comum do que cânceres como o de mama ou pulmão, o impacto do câncer ocular é profundo, afetando a visão e, em casos graves, potencialmente fatais.
Os mais comuns tipos de câncer ocular incluem:
- Melanoma Uveal: O tipo mais comum de câncer primário intraocular em adultos, principalmente em pessoas de olhos claros e idosas, afetando até 10 em cada 1 milhão de pessoas.
- Retinoblastoma: Um câncer infantil que afeta 400 crianças todo ano no Brasil, tem início nos primeiros anos de vida, crescimento rápido, mas felizmente um potencial de cura se diagnosticado precocemente
- Cânceres de Conjuntiva: Relacionado a exposição ao sol, surge na conjuntiva, a membrana que cobre a parte branca do olho.
- Cânceres de Pálpebra: Também relacionados a exposição ao sol, esses cânceres afetam a pele das pálpebras, um risco para o olho e a visão se não tratados.
Sinais comuns incluem:
- Mudanças na visão (visão embaçada, sombras ou flashes de luz)
- Alterações visíveis no olho (uma mancha escura crescendo na íris)
- Dor ou desconforto no olho ou ao redor dele
- Um caroço perceptível na pálpebra ou no olho que pode ser doloroso ou não
Certos fatores aumentam o risco de desenvolver câncer ocular, incluindo idade, exposição à luz UV e genética. Embora nem todos os fatores de risco sejam controláveis, medidas protetoras como o uso de óculos de sol com proteção UV e exames oftalmológicos regulares podem ajudar a detectar alterações precocemente.
O câncer ocular, embora raro, requer conscientização e detecção precoce para ser gerenciado efetivamente.
O diagnóstico envolve um exame oftalmológico completo, testes de imagem e, às vezes, uma biópsia. As opções de tratamento variam, incluindo cirurgia, radioterapia, terapia a laser e quimioterapia, personalizadas de acordo com a condição do indivíduo e o tipo de câncer.
Mantendo-se informados e vigilantes, podemos enfrentar juntos os desafios apresentados pelo câncer ocular!
Fevereiro: Mês de Conscientização da Visão Subnormal
Fevereiro é o Mês de Conscientização da Visão Subnormal, dedicado a informar sobre a deficiência visual que não pode ser corrigida com óculos, lentes de contato ou outros tratamentos como medicamentos ou cirurgia. Isso dificulta milhões de pessoas de realizar atividades diárias, como se locomover, ler ou cozinhar.
A boa notícia é que os serviços de reabilitação visual podem ajudar pessoas com deficiência visual a aproveitar ao máximo a visão que possuem — e continuar fazendo as coisas que amam!
A reabilitação visual abrange estratégias e auxílios para ajudar as pessoas a maximizarem sua visão restante. O plano de reabilitação é desenvolvido por uma equipe de profissionais onde o objetivo é adequar um programa que atenda às necessidades específicas do paciente, seja melhorar a capacidade de ler, gerenciar tarefas domésticas ou viajar com segurança.
Dispositivos de baixa visão, como lupas especiais, materiais com letras grandes, lâmpadas de alta intensidade ou sistemas eletrônicos que ampliam ou realçam textos e imagens, são um componente chave da reabilitação visual. Além disso, auxílios não ópticos, como livros em áudio e softwares de reconhecimento de voz, também podem fazer parte da solução, permitindo que aqueles com perda de visão participem de atividades que gostem e completem tarefas de maneira mais eficiente.
Treinamento e educação em reabilitação visual capacitam os pacientes a usarem sua visão residual de forma eficaz. O processo de reabilitação também foca no aspecto emocional da perda de visão, fornecendo suporte e aconselhamento para ajudar os pacientes a se adaptarem.
Especialistas ressaltam a importância da intervenção precoce e aconselham que aqueles com perda de visão significativa busquem orientação de um oftalmologista especializado em visão subnormal para explorar opções de reabilitação. Há vários tipos desses serviços, e conversar com seu oftalmologista pode ajudar a identificar quais são adequados para você. Estes serviços fornecem habilidades e recursos para gerenciar a vida diária e manter sua independência!