Impacto da Hipertensão na Visão

A pressão alta, ou hipertensão, é um problema de saúde comum que afeta milhões de brasileiros. Esta condição não só aumenta o risco de doenças cardíacas e derrames (acidente vascular cerebral), mas também representa ameaças significativas à saúde ocular. No Brasil, o impacto da hipertensão na visão é significante, levando a várias complicações oculares que podem afetar severamente a qualidade de vida. Este artigo abordamos a prevalência da hipertensão, suas complicações oculares, níveis de conscientização e controle, disparidades no acesso aos cuidados de saúde e o impacto econômico na população brasileira.

Prevalência da Hipertensão no Brasil

Aproximadamente 24% da população adulta brasileira é afetada pela hipertensão, com a maior prevalência aumentando com a ideade. A hipertensão é um problema de saúde pública devido por ser muito comum e ao risco elevado de complicações associadas. Medidas de prevenção e controle são essenciais para reduzir o impacto dessa condição na saúde da população.

Conscientização e Controle da Hipertensão

Apenas 50% dos indivíduos hipertensos no Brasil estão cientes de sua condição, e entre esses, apenas 45% têm sua pressão arterial adequadamente controlada.

A falta de conscientização e controle efetivo da hipertensão contribui para o aumento do risco de complicações graves, incluindo problemas oculares. Campanhas de educação em saúde são vitais para melhorar a detecção precoce e o gerenciamento da hipertensão.

Impacto da Hipertensão na Visão

Cerca de 15% dos indivíduos com hipertensão no Brasil desenvolvem retinopatia hipertensiva, uma condição que pode levar ao comprometimento da visão. Essa complicação ocular é resultado do dano aos vasos sanguíneos da retina causado pela pressão alta. A detecção precoce e o tratamento adequado são fundamentais para prevenir a progressão da retinopatia hipertensiva e a perda de visão. Cerca de 5% das pessoas com retinopatia hipertensiva sofrem perda de visão. O acompanhamento regular da saúde ocular e a gestão eficaz da hipertensão são essenciais para prevenir complicações.

Cerca de 15% dos indivíduos com hipertensão no Brasil desenvolvem retinopatia hipertensivaDisparidades no Acesso aos Cuidados Oftalmológicos no Brasil

O acesso aos cuidados oftalmológicos para condições oculares relacionadas à hipertensão varia, com áreas urbanas apresentando melhores recursos em comparação às regiões rurais. Nas áreas urbanas do Brasil, cerca de 65% dos pacientes hipertensos têm acesso a cuidados oftalmológicos regulares, enquanto nas áreas rurais, esse número cai para cerca de 30%. Melhorar a infraestrutura de saúde e os recursos em áreas menos desenvolvidas é crucial para garantir oportunidades de tratamento para todos.

Impacto Econômico das Complicações Oculares da Hipertensão

O impacto econômico das complicações relacionadas à hipertensão no Brasil é estimado em mais de R$2.5 bilhões anualmente, considerando tanto os custos diretos com cuidados de saúde quanto os custos indiretos, como a perda de produtividade. Enfrentar a hipertensão de maneira eficaz pode reduzir esses impactos econômicos, beneficiando tanto os indivíduos quanto a economia em geral.

A Importância de Gerenciar a Hipertensão para a Saúde Ocular

O monitoramento regular e o controle da pressão arterial podem reduzir significativamente o risco de condições como a retinopatia hipertensiva e a neuropatia óptica. As iniciativas de saúde pública devem enfatizar a importância de exames oculares de rotina e do manejo da hipertensão para proteger a visão e a saúde geral dos brasileiros.

Ao abordar esses problemas de forma proativa, podemos melhorar a qualidade de vida de milhões de pessoas e reduzir a carga econômica associada às doenças oculares relacionadas à hipertensão.


O monitoramento regular e o controle da pressão arterial podem reduzir significativamente o risco de condições como a retinopatia hipertensiva e a neuropatia óptica

Fontes:

  1. Ministério da Saúde, Brasil. (2020). Pesquisa Nacional de Saúde.
  2. Sociedade Brasileira de Cardiologia. (2021). Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial.
  3. World Health Organization. (2021). Hypertension.
  4. Manifestações oculares de doenças sistêmicas II: retinopatia diabética e retinopatia hipertensiva
  5. Estimating the health and economic effects of the voluntary sodium reduction targets in Brazil: microsimulation analysis

7 de Maio: Dia do Oftalmologista

Essa data homenageia os profissionais responsáveis pelo estudo, prevenção e tratamento das doenças relacionadas ao sistema ocular. Em outras palavras, são os médicos especialistas em cuidar da nossa visão!

A celebração do Dia do Oftalmologista teve início com a fundação da Sociedade de Oftalmologia de São Paulo, em 7 de Maio de 1930. Em 1968, a data foi oficializada no estado de São Paulo pelo deputado oftalmologista Antônio Salim Curiati. No entanto, foi apenas em 1986 que o Ministro da Saúde Seigo Tsuzuki instituiu o 7 de Maio como Dia Nacional do Oftalmologista, através da portaria nº 398.

11,4% da população nunca consultou um oftalmologista.

É crucial consultar o oftalmologista regularmente e fazer exames de rotina para prevenir doenças como glaucoma, catarata e retinopatia diabética, que podem levar à cegueira sem que o paciente perceba. Lamentavelmente, estatísticas indicam que 11,4% da nossa população nunca consultou um oftalmologista, 35% só o fazem quando apresentam sintomas visuais e 29,5% não visitam esse profissional há mais de dois anos. Esses números destacam a falta de informação sobre a promoção da saúde ocular e a importância de prevenir os impactos prejudiciais das doenças oculares no dia a dia do paciente.

A todos os colegas médicos da especialidade, fica aqui a homenagem da equipe da Estação do Olho!

 todos os colegas médicos da especialidade, fica aqui a homenagem da equipe da Estação do Olho!


Fontes:

  1. https://www.montemor.sp.gov.br/portal/noticias/0/3/8328/dia-07-de-maio---dia-do-oftalmologista#:~:text=Em%201968%2C%20a%20data%20foi,através%20da%20portaria%20nº%20398.
  2. Guedes RAP, Chaoubah A. Percepção dos cuidados e atenção com a saúde ocular da população brasileira. Rev bras oftalmol, 2023 ;82:e0055. Available from: https://doi.org/10.37039/1982.8551.20230055

Abril Azul - Mês de Conscientização sobre o Autismo

Encerrando o mês multicolorido de abril, hoje vamos falar sobre o Abril Azul!

O Abril Azul foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para conscientizar as pessoas sobre o autismo e o Transtorno do Espectro Autista (TEA), além de trazer mais visibilidade e buscar uma sociedade mais consciente, menos preconceituosa e mais inclusiva. No autismo, o azul estimula o sentimento de calma e maior equilíbrio nas situações em que, por exemplo, a criança apresenta uma sobrecarga sensorial. Atualmente, o autismo é representado pelo símbolo do infinito colorido, escolhido e criado pelos próprios autistas. O logotipo refere-se à neurodiversidade e às várias formas de expressão dentro do TEA.

1 em cada 160 crianças no mundo tem Transtorno do Espectro Autista

O manual desenvolvido pela Associação Americana de Psiquiatria define o TEA como um transtorno do neurodesenvolvimento caracterizado por dificuldades de interação social, comunicação e comportamentos repetitivos e restritos, podendo ser encontrado em três níveis de suporte: autismo leve, moderado e severo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 70 milhões de pessoas são autistas no mundo. Aqui no Brasil, a Sociedade Brasileira de Pediatria disponibiliza um Manual de Orientação na internet sobre o TEA.

Por um lado, crianças com deficiência visual tem dificuldades similares a crianças com TEA, como dificuldades de aprendizado, interação social e introversão

O autismo afeta a visão?

Mas por que nós, da Estação do Olho, um portal sobre saúde ocular, estamos falando sobre autismo? Será que existe alguma relação com a visão? Continue lendo que a gente explica!

Por um lado, crianças com deficiência visual têm dificuldades similares às de crianças com TEA, como dificuldades de aprendizado, interação social e introversão. Elas também podem apresentar sinais que se confundem com autismo, como baixo contato ocular e deficiência no olhar sustentado; baixa atenção à face humana e não seguir objetos e pessoas próximos em movimento. Um exame oftalmológico completo pode identificar erros de refração não corrigidos ou outras doenças tratáveis, evitando um falso diagnóstico de TEA e proporcionando à criança as condições para um desenvolvimento educacional e social adequado.

Por outro lado, crianças com TEA também podem ter problemas oftalmológicos, que podem ser negligenciados por concluírem precocemente que os sintomas são exclusivamente secundários ao autismo. Outra causa de atraso no diagnóstico de doenças oculares é a dificuldade em examinar crianças no espectro, principalmente as mais graves como as não-verbais. Em quase a metade das crianças com TEA, a colaboração no exame é pouca ou nula. A prescrição de óculos, quando adequado, ou o tratamento de qualquer doença ocular que possa estar atrapalhando a visão da criança, garante que, apesar das limitações impostas pelo TEA, ela possa interagir e se desenvolver da melhor maneira possível.

Apenas metade das crianças com TEA tem visão normal

Alterações oftalmológicas são mais comuns em crianças com TEA do que na população em geral. Uma em cada cinco crianças com TEA (21.2%) precisa de algum tipo de tratamento oftalmológico, sendo os mais comuns óculos, tampão e injeção de Botox para tratamento de estrabismo. As alterações mais comuns são:

  • Astigmatismo (19.7%);
  • Miopia (8.2%);
  • Hipermetropia (20.5%);
  • Estrabismo (15.4%);
  • Deficiência de convergência (25.9%); e
  • Alterações do nervo óptico (4.4%).

Todas as crianças, dentro do espectro ou não, merecem um exame oftalmológico completo. Só assim podemos garantir que cada uma delas atinja seu potencial!

Todas as crianças, dentro do espectro ou não, merecem um exame oftalmológico completo. Só assim podemos garantir que cada uma delas atinja seu potencial!


Fontes:

https://www.gov.br/hfa/pt-br/abril-azul-mes-de-conscientizacao-sobre-o-autismo

Gutiérrez C, Santoni JLM, Merino P, de Liaño PG. Ophthalmologic Manifestations in Autism Spectrum Disorder. Turk J Ophthalmol. 2022;52(4):246-251.

https://www.ufpb.br/cras/contents/documentos/cartilha-transtorno-do-espectro-do-autismo.pdf


Abril Verde: campanha pela saúde e segurança no trabalho

Abril não é só o mês de conscientização sobre a prevenção da cegueira. Abril Verde é uma campanha voltada para a prevenção de acidentes e doenças no ambiente de trabalho. O dia 28 de abril é dedicado à memória das vítimas desses acidentes e doenças, enfatizando a importância da reflexão e da ação conjunta de instituições, empresas e trabalhadores para reduzir a incidência de acidentes no Brasil.

No Brasil, a Previdência Social registrou 7.506.055 acidentes de trabalho de 2011 a 2022, com homens representando 5.050.836 e mulheres 2.447.812 casos. Em 2011, a taxa de acidentes masculina foi de 70,86%, caindo para 64,16% em 2022, enquanto a feminina aumentou de 29,14% para 35,84% no mesmo período. Esse aumento de 22% nos acidentes de trabalho entre mulheres e a redução de quase 10% entre homens sugerem uma maior participação feminina no mercado de trabalho.

Quão Comuns São as Lesões Oculares no Trabalho?

Lesões oculares no trabalho são mais comuns do que se imagina. De acordo com o Escritório de Estatísticas do Trabalho dos EUA, quase 20.000 lesões oculares ocorrem no ambiente de trabalho a cada ano e frequentemente exigem um ou mais dias de falta ao trabalho para recuperação. Essas lesões variam de simples tensão ocular a traumas graves que podem causar danos oculares permanentes ou perda de visão.

Lesões oculares no ambiente de trabalho custam cerca de $300 milhões por ano em compensações trabalhistas, tratamento médico e perda de produtividade, de acordo com a Administração de Segurança e Saúde Ocupacional (OSHA).

Quais São os Trabalhos Mais Perigosos para Seus Olhos?

Os tipos de trabalho que mais frequentemente causam acidentes oculares sao aqueles que expõe os seus olhos a perigos como:

  • Cacos de metal ou vidro voando;
  • Ferramentas que podem escorregar ou falhar;
  • Partículas como farpas de madeira, fragmentos de metal e areia;
  • Produtos químicos;
  • Qualquer combinação desses ou outros perigos como luz intensa ou radiação.

Todo equipamento de proteção ocular deve estar em conformidade com as regulamentações e padrões nacionais para proteção ocular e facial

Quais os tipos mais comuns de lesão ocular relacionada ao trabalho?

As lesões oculares relacionadas ao trabalho são categorizadas em:

  • Lesões traumáticas, como trauma contuso direto ou penetrante no globo ocular ou estruturas circundantes (por exemplo, pálpebras, ossos orbitais)
  • Lesões por exposição, como lesões oculares causadas por exposição a ácido ou álcali, calor (lesões térmicas), luz ultravioleta e/ou luz laser

Lesão ocular contusa pode ocorrer quando ferramentas escorregam ou falham e atingem o globo ocular. Trauma contuso direto no globo ocular pode resultar na formação de um hifema (hemorragia da câmara anterior do olho). Um trauma contuso grave pode resultar no desenvolvimento de hemorragia retrobulbar e síndrome do compartimento orbital — uma emergência médica que ameaça a visão e requer tratamento imediato.

Lesões oculares relacionadas ao trabalho também incluem abrasões corneanas e corpos estranhos, lesões esclerais, lacerações nas pálpebras e margens palpebrais, lesão do aparelho lacrimal e laceração do globo. Lesões penetrantes podem resultar em um corpo estranho intraocular.

Queimaduras por álcalis e ácido hidrofluorídrico tendem a ser mais graves do que outras queimaduras ácidas porque penetram mais profundamente nos tecidos moles.

Qual é o Melhor Equipamento de Proteção Ocular?

A coisa mais importante que você pode fazer para proteger sua visão no trabalho é sempre usar equipamentos de proteção ocular adequados. O equipamento que você precisa depende dos perigos a que você esta exposto. Alguns exemplos:

  • Óculos de segurança com proteção lateral (protetores laterais) se você trabalha com partículas, objetos voadores ou muita poeira;
  • Óculos de proteção se você manuseia produtos químicos;
  • Óculos de segurança, óculos de proteção, protetores faciais ou capacetes especialmente projetados se você trabalha perto de radiação perigosa, solda, lasers ou fibra óptica.

Todo equipamento de proteção ocular deve estar em conformidade com as regulamentações e padrões nacionais para proteção ocular e facial. Importante tambem atentar para os tipos de lentes de filtro necessárias para atividades específicas de soldagem e corte e sobre o perigo de irritação ocular pelos fumos de solda também

Investir em iniciativas de prevenção de incidentes e enfermidades relacionadas ao trabalho é capaz de assegurar um ambiente laboral mais seguro e saudável!

Investir em iniciativas de prevenção de incidentes e enfermidades relacionadas ao trabalho é capaz de assegurar um ambiente laboral mais seguro e saudável!


Fontes:

https://www.aao.org/eye-health/tips-prevention/injuries-work

https://www.gov.br/fundacentro/pt-br/comunicacao/noticias/noticias/2024/abril/movimento-abril-verde-ressalta-a-relevancia-da-cultura-de-seguranca-e-saude-no-trabalho 

https://www.merckmanuals.com/en-ca/professional/special-subjects/occupational-and-environmental-medicine/work-related-eye-injuries


Acidentes oculares em esportes

Lesões oculares relacionadas ao esporte são comuns e podem levar a perda de visão e até cegueira. Todos os anos, os EUA registram mais de 42.000 dessas lesões, com a metade afetando crianças, especialmente meninos, provavelmente devido à participação ativa nos esportes. O risco de lesão ocular varia de acordo com o esporte e depende de fatores como contato físico, equipamento usado e características dos objetos em jogo, como tamanho da bola e velocidade. Esses elementos influenciam grandemente a frequência e gravidade das lesões.

Quais os esportes que podem causar acidentes envolvendo os olhos?

A prevalência de lesões oculares relacionadas ao esporte varia internacionalmente de acordo com o esporte que é mais praticado. Nos EUA, basquete, beisebol, softball, futebol americano, squash e futebol são frequentemente associados a essas lesões. Em contraste, o futebol, tanto de salão quanto ao ar livre, é a causa principal no Brasil. Em uma análise detalhada, lesões no futebol ao ar livre (38,1%) e de salão (34,5%) foram as mais comuns, seguidas pelo handebol (6,0%), basquete (3,6%), vôlei (3,6%) e tênis (2,4%).

Nos EUA, basquete, beisebol, softball, futebol americano, squash e futebol são frequentemente associados a essas lesões. Em contraste, o futebol, tanto de salão quanto ao ar livre, é a causa principal no Brasil

Quais são os tipos de lesão ocular por esporte mais frequentes?

A maioria dessas lesões resulta de ser atingido por uma bola, enquanto outras ocorrem de contato com outros jogadores, como punhos, cotovelos, pés ou joelhos. Embora a vasta maioria das lesões seja acidental, uma pequena porcentagem resulta de dano intencional. Os diagnósticos iniciais mais frequentes são:

  • Hifema (um acúmulo de sangue na parte anterior do olho)
  • Lesões na pálpebra
  • hemorragia retiniana ou vítrea (sangramento profundo no olho),
  • lesões na córnea (a parte transparente central do olho),
  • hemorragias subconjuntivais (na parte branca do olho),
  • glaucoma secundário ao trauma,
  • Fraturas da órbita,
  • Descolamento da retina.

Saiba o que fazer no caso de uma acidente ocular clicando aqui.

Quanto ao tratamento, uma pequena proporção de pacientes precisa de hospitalização ou cirurgia, enquanto a maioria requer medicamentos, incluindo antibióticos e corticosteroides. Uma avaliação imediata e completa por um oftalmologista é crucial, incluindo exames complementares quando indicado. Tais exames incluem a media da pressão intraocular, mapeamento da retina, campo visual, e exames de imagem como tomografia computadorizada e ressonância magnética. O acompanhamento contínuo por um especialista também é importante mesmo na ausência de sintomas, para monitorar complicações tardias, que às vezes podem levar à cegueira se não tratadas.

Estima-se que 90% de todas as lesões oculares relacionadas ao esporte são evitáveis.

Por último, é fundamental educar sobre prevenção, especialmente para aqueles com condições oculares pré-existentes ou que praticam esportes de alto risco. Para atletas com um olho ou condições que comprometem a estrutura do olho, como alta miopia, medidas protetoras são ainda mais vitais.

horace grant usando ocultos de protecao para jogar basquete
Crédito da Imagem: https://www.horacegrant.com/blog/legally-blind/

Fontes:


Dicas úteis para evitar acidentes oculares em crianças

Na sequência da nossa última postagem sobre o que fazer em caso de acidentes oculares, agora mostramos como evitar tais incidentes com crianças em casa. Afinal, como diz o ditado popular, é sempre melhor prevenir do que remediar!

Todos os anos, milhares de crianças nos EUA sofrem lesões oculares em casa, brincando ou em veículos. Acidentes com produtos domésticos comuns causam 125.000 lesões oculares (em todas as idades), e brinquedos e equipamentos de parquinhos domésticos resultam em mais de 11.000 lesões oculares infantis. Tais acidentes podem danificar permanentemente a visão da criança ou até levar à cegueira.

As causas mais frequentes de lesões oculares em crianças são:

  • Uso indevido de brinquedos
  • Quedas de camas, contra móveis, em escadas e durante brincadeiras
  • Uso incorreto de ferramentas e objetos cotidianos
  • Contato com produtos domésticos nocivos
  • Acidentes automobilísticos

90% das lesões oculares podem ser prevenidas com o uso de bom senso, práticas de segurança e proteção ocular apropriada. Medidas simples podem resguardar os olhos dos seus filhos.

Para evitar acidentes oculares em casa:

  • Instale portões de segurança nas escadas
  • Ilumine e instale corrimãos para maior segurança
  • Proteja cantos e bordas afiados dos móveis
  • Coloque travas em armários e gavetas acessíveis às crianças
  • Armazene produtos químicos e ferramentas em locais seguros

evitar acidentes oculares em casaCaso seu adolescente utilize produtos de cuidado com a pele ou maquiagem, é importante dialogar sobre a seleção e aplicação segura destes para prevenir lesões oculares. Algumas dicas de segurança são:

  • Prefira produtos hipoalergênicos e sem perfume.
  • Evite sombras ou delineadores com brilho, pérola ou glitter, pois podem arranhar os olhos.
  • Não aplique delineador na borda interna das pálpebras superiores ou inferiores.
  • Evite o uso de pó solto no rosto.
  • Não aplique cremes muito próximos aos olhos.
  • Não se maquie para os olhos enquanto estiver dirigindo, andando ou durante uma conversa.
  • Não compartilhe maquiagem dos olhos.
  • Higienize os pincéis de maquiagem dos olhos com frequência.
  • Não reutilize aplicadores antigos de máscara com refis novos.
  • Não umedeça aplicadores com água ou saliva para diluir máscaras ou delineadores.
  • Evite maquiar os olhos se estiverem vermelhos, inchados ou com sinais de infecção.

Como Evitar Lesões Oculares por Brinquedos InfantisComo Evitar Lesões Oculares por Brinquedos Infantis

  • Leia todos os avisos e instruções dos brinquedos
  • Evite brinquedos com pontas afiadas ou rígidas, eixos, espetos, varas e bordas perigosas
  • Mantenha brinquedos destinados a crianças mais velhas longe das mais novas. Compre apenas brinquedos adequados para cada faixa etária
  • Evite brinquedos que projetam dardos, arcos e flechas e brinquedos que disparam mísseis, em especial para crianças menores de cinco anos
  • Fique atento a itens em parquinhos e áreas de brincar que possam apresentar riscos aos olhos
  • Mantenha armas de ar comprimido longe de crianças. Não permita que seus filhos brinquem com rifles de ar, armas de pressão ou pistolas de chumbinho. Eles são extremamente perigosos e foram reclassificados como armas de fogo, sendo retirados dos departamentos de brinquedos

Como Proteger a Visão das Crianças em Veículos

  • Utilize dispositivos de retenção, como cadeirinhas de segurança para bebês e crianças, assentos de elevação, cintos de segurança e cintos de ombro em carros
  • Crianças com 12 anos ou menos nunca devem viajar no banco da frente
  • Armazene objetos soltos no porta-malas ou fixados no chão. Qualquer objeto solto pode se tornar perigoso em caso de colisão

É fundamental proteger a visão das crianças e dos adolescentes. Usar brinquedos e produtos de forma segura, e ter cuidado com a maquiagem, ajuda muito. Com passos simples e cuidado, mantemos os jovens seguros e ajudamos no crescimento deles num ambiente melhor.

sar brinquedos e produtos de forma segura, e ter cuidado com a maquiagem, ajuda muito. Com passos simples e cuidado, mantemos os jovens seguros e ajudamos no crescimento deles num ambiente melhor

Fontes:

https://www.aao.org/eye-health/tips-prevention/injuries-children

https://preventblindness.org/protect-your-child-from-eye-injuries/

https://www.urmc.rochester.edu/encyclopedia/content.aspx?contenttypeid=90&contentid=P02792


Acidentes oculares: o que fazer

Nem sempre é possível dizer quando um olho está lesionado ou se o acidente foi leve ou grave. Algumas lesões oculares são apenas óbvias quando ficam realmente sérias. Acidentes envolvendo o olho podem causar perda de visão ou cegueira. É por isso que é importante que um oftalmologista ou outro médico examine o olho o mais rápido possível, mesmo que a lesão pareça leve a princípio.

Leve todas as lesões oculares a sério. NÃO tente tratar uma lesão ocular grave por conta própria.

Causas comuns de lesões oculares incluem:

  • Socos ou chutes
  • Golpes de mãos, bolas ou outros equipamentos esportivos
  • Pedaços de algum material voando como resultado de explosões ou trabalho industrial
  • Projéteis e outros objetos como balas de chumbinho, pedras, dardos, fogos de artifício e cordas elásticas
  • Respingos de produtos químicos ou líquidos quentes

Quais são os sintomas comuns de uma lesão ocular?

Se você notar algum desses sinais em si mesmo ou em outra pessoa, procure ajuda médica imediatamente. Estes são sinais de uma possível lesão ocular grave:

  • Dor contínua no olho
  • Dificuldade para ver
  • Corte na pele da pálpebra
  • Um olho não se move tão bem quanto o outro
  • Um olho salta mais para fora da órbita do que o outro
  • O olho tem um tamanho ou forma de pupila diferente
  • Há sangue na parte branca do olho
  • Algo no olho ou sob a pálpebra que as lágrimas e o piscar não conseguem remover

Quais são os tipos de acidentes oculares?

Os três principais tipos de lesão ocular são o trauma contuso ("pancada"), cortes e queimaduras. A Academia Americana de Oftalmologia estabelece diretrizes sobre como reconhecer e lidar com cada uma delas. Saiba o que fazer (e o que não fazer!), em cada uma dessas situações:

Se você levar um golpe no olho:

  1. Aplique uma compressa fria para diminuir a dor e o inchaço.
  2. Não use pedaços de carne ou outros alimentos para evitar bactérias
  3. Não exerça pressão sobre o olho
  4. Se ocorrer um hematoma, dor ou distúrbio visual após um impacto leve, procure um oftalmologista ou emergência médica rapidamente.

Se o seu olho for cortado ou perfurado:

  1. Coloque um protetor sobre o olho sem pressionar
  2. Não enxágue com água
  3. Não tente remover objetos presos
  4. Não toque ou pressione o olho
  5. Evite aspirina ou ibuprofeno, que podem aumentar o sangramento
  6. Busque atendimento médico de emergência após proteger o olho

Queimaduras químicas no olho:

  1. Enxágue o olho com água limpa imediatamente
  2. Procure atendimento médico de emergência
  3. Informe-se sobre a substância química para passar à equipe médica

Para todos os outros tipos de lesões oculares que mesmo que não pareçam graves, mas que ainda devem ser consideradas sérias:

  1. Não toque ou esfregue o olho
  2. Não remova objetos presos no olho
  3. Não aplique medicamentos sem prescrição, pois podem piorar a lesão
  4. Medicamentos prescritos devem ser usados somente conforme indicação médica
  5. Procure um oftalmologista ou vá à emergência se não for possível uma consulta rápida

Cuide bem dos seus olhos, eles são sensíveis e cada lesão é única, exigindo avaliação especializada para prevenir danos permanentes!

Cuide bem dos seus olhos, eles são sensíveis e cada lesão é única, exigindo avaliação especializada para prevenir danos permanentes!


Abril Marrom: Mês de Conscientização Sobre a Cegueira

O Abril Marrom é uma campanha de conscientização que destaca a importância da prevenção e do combate às diversas causas de cegueira. Este mês é dedicado à educação sobre as condições oftalmológicas que podem levar à perda da visão e enfatiza a importância dos cuidados regulares com a saúde ocular, visando não apenas a detecção precoce de doenças, mas também a promoção de acessibilidade e inclusão para pessoas com deficiência visual.

90% dos casos de perda de visão são por causas evitáveis

 

Globalmente, 1,1 bilhão de pessoas estavam vivendo com perda de visão em 2020
Fonte: Data from VLEG/GBD 2020 model, accessed via the IAPB Vision Atlas

 

Globalmente, 1,1 bilhão de pessoas estavam vivendo com perda de visão em 2020:

  • 43 milhões de pessoas são cegas
  • 295 milhões de pessoas têm deficiência visual moderada a grave
  • 258 milhões de pessoas têm deficiência visual leve
  • 510 milhões de pessoas têm problemas de visão de perto

Quando você inclui todas as formas e níveis de perda de visão, 90% dos casos de perda de visão são por causas evitáveis. De todas as causas, vale ressaltar os erros de refração não corrigidos, por ser a maior causa de perda de visão (todos os níveis) e a catarata, que é a maior causa de cegueira no mundo

 

Pelo menos 771 milhões de pessoas têm perda de visão que pode ser prevenida ou tratada
Fonte: Data from VLEG/GBD 2020 model, accessed via the IAPB Vision Atlas

90% dos casos de perda de visão são preveníveis ou tratáveis

Pelo menos 771 milhões de pessoas têm perda de visão que pode ser prevenida ou tratada, sendo o erro refrativo não corrigido a maior causa de perda de visão:

  • 161 milhões de pessoas vivem com deficiência visual à distância ou cegueira devido a erros de refração não corrigidos
  • 510 milhões de pessoas vivem com deficiência visual de perto, devido a falta de óculos.

Para essas pessoas, a visão pode ser restaurada com óculos adequados, lentes de contato ou cirurgia refrativa. Para as 100 milhões de pessoas que têm perda de visão devido à catarata, 17 milhões de pessoas são cegas, e outras 83 milhões de pessoas apresentam deficiência visual. Para essas pessoas, a visão pode ser restaurada com cirurgia de catarata e implantação de uma lente intraocular.

A perda de visão está ligada à desvantagem socioeconômica

90% das pessoas com perda de visão vivem em países de baixa e média renda, o que explica o porque de termos tantas pessoas vivendo com baixa visual devido a falta de tratamento. Existem também 77 milhões de pessoas com perda de visão que requerem gerenciamento e tratamento contínuos, para condições como degeneração macular relacionada à idade, glaucoma e retinopatia diabética.

Os tratamentos oftalmológicos são viáveis e têm custo-efetividade

Felizmente, o tratamento das maiores causa de cegueira são intervenções altamente custo-efetivas para restauração da visão e oferecem um potencial enorme para melhorar a perspectiva econômica de indivíduos e nações. A cirurgia de catarata e os óculos para correção de erro refrativo estão entre as intervenções de saúde mais custo-efetivas disponíveis. É crucial abordar essas disparidades e melhorar o acesso a tratamentos que não apenas salvam a visão, mas também transformam vidas, fortalecendo economias e comunidades.

O Abril Marrom nos lembra de que, ao cuidar da nossa visão, estamos construindo um futuro mais inclusivo e próspero para todos!

O Abril Marrom nos lembra de que, ao cuidar da nossa visão, estamos construindo um futuro mais inclusivo e próspero para todos.


Curtir um pôr do sol pode causar cegueira!

Com o verão bombando, a maioria dos brasileiros continua a aproveitar cada minuto de sol e praia. Todo mundo sabe que olhar diretamente para o sol não é uma boa idéia, mas, ao mesmo tempo, quem não curte aquele lindo pôr do sol para finalizar um belo dia de verão?

Contemplar um belo pôr do sol é relaxante, mas não olhe por muito tempo para a estrela mais próxima do nosso planeta porque seus raios podem causar cegueira e outros efeitos colaterais permanentes que mudam a sua vida.

A luz do sol pode afetar a saúde ocular

As primeiras investigações sobre o dano da retina pela luz foram feitas por Czerny (1867), Deutschmann (1882) e Widemark (1893). Cientistas lendários, começando por Galileu, o pai da astronomia, até Meyer-Schwickerath, o pai da fotocoagulação, tragicamente lesionaram seus olhos ao estudar o sol ou pela produção experimental de energia radiante.

A luz solar danifica o olho pois é focada pela córnea e lente na parte central da retina, ou mácula, onde causa uma queimadura que, então, forma uma cicatriz. O nome técnico dessa lesão é retinopatia solar. A retinopatia solar está principalmente associada à observação de eclipses solares e ao olhar religioso para o sol, mas também é descrita em banhos de sol, observação solar telescópica, distúrbios psiquiátricos e uso de drogas psicotrópicas.

Geralmente, leva vários minutos de olhar fixamente para o sol para que seus raios causem danos severos ou cegueira.

O conselho que deixamos é de usar óculos de sol que bloqueiam 100% dos raios ultravioleta e protegem o máximo possível a pele ao redor dos olhos

Quais os sintomas de uma queimadura de retina pelo sol?

Os sintomas comuns incluem visão reduzida, visão distorcida, um ponto cego central na visão de cada olho, pós-imagem ou alteração na visão de cores. O início dos sintomas é tipicamente dentro de 4 a 6 horas após a exposição.

O nível de baixa visual pode variar desde leve até grave, porém felizmente, na maioria dos casos a visão pode voltar ao normal.

Além da retina, o sol também pode afetar a córnea, a superfície frontal transparente do olho. Os sintomas nesse caso podem incluir dor ocular intensa, sensação de corpo estranho no olho, lacrimejamento, fotofobia e vermelhidão. Acompanhamento oftalmológico é fundamental no caso de sintomas, independente da gravidade.

 

Como evitar queimadura ocular pelo sol?

Observar eclipses solares totais e parciais pode levar a danos sérios também, se precauções não forem tomadas para prevenir a cegueira. Óculos de sol comuns, filmes expostos e até um capacete de soldador não são seguros. Para proteger seus olhos do sol, nunca olhe diretamente para ele com olho nu ou com qualquer dispositivo óptico sem filtro, como binóculos ou um telescópio. E os raios solares podem ser mais danosos quando as pessoas estão tomando certos medicamentos.

O conselho que deixamos é de usar óculos de sol que bloqueiam 100% dos raios ultravioleta e protegem o máximo possível a pele ao redor dos olhos. Além disso, usando óculos ou não, nunca olhe para o sol diretamente!

Contemplar um belo pôr do sol é relaxante, mas não olhe por muito tempo para a estrela mais próxima do nosso planeta porque seus raios podem causar cegueira e outros efeitos colaterais permanentes que mudam a sua vida


Quando levar uma criança no oftalmologista?

O dia 21 de março foi instituído pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) como o Dia Mundial da Infância com o objetivo de promover uma reflexão sobre a defesa dos direitos das crianças.

No Brasil, há cerca de 16,5 milhões de crianças de até quatro anos de idade, representando 7,8% do total da população, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Com o objetivo de promover e proteger a saúde da criança, o Ministério da Saúde instituiu a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC). A política abrange os cuidados com a criança da gestação aos 9 anos de idade, com especial atenção à primeira infância e às populações de maior vulnerabilidade. Apesar de os cuidados com crianças e adolescentes serem importantes em qualquer idade, os primeiros mil dias de vida do ser humano são decisivos para o desenvolvimento integral.

orientações para a frequência e natureza dos exames oftalmológicos em crianças saudáveis até 5 anos de idade

Quando levar uma criança no oftalmologista?

O artigo intitulado "Diretrizes brasileiras sobre avaliação oftalmológica de crianças saudáveis menores de 5 anos" de autoria da Dra. Julia Rossetto visa estabelecer orientações para a frequência e natureza dos exames oftalmológicos em crianças saudáveis até 5 anos de idade. Estas diretrizes foram desenvolvidas com base em evidências médicas e na experiência clínica de um comitê de especialistas, incluindo revisão de literatura através de buscas no PubMed/Medline e análise de recomendações de entidades internacionais como a Academia Americana de Pediatria e a Sociedade Americana de Oftalmologia Pediátrica e Estrabismo.

teste do olhinho mostrando o olho esquerdo alterado, indicativo de retinoblastoma
Teste do olhinho mostrando o olho esquerdo alterado, indicativo de retinoblastoma. © Childhood Eye Cancer Trust

As recomendações enfatizam a importância do teste do reflexo vermelho, que deve ser realizado pelo pediatra nas primeiras 72 horas de vida e repetido em consultas de puericultura ao menos três vezes por ano até os três anos de idade. É aconselhável um exame oftalmológico completo entre 6 e 12 meses de vidae, posteriormente, pelo menos um exame abrangente entre 3 e 5 anos, incluindo inspeção ocular, avaliação da função visual, testes de motilidade e alinhamento ocular, refração sob cicloplegia e exame de fundo de olho.

Porque levar uma criança sem sintomas no oftalmologista?

O estudo destaca a prevalência de problemas visuais como erros refrativos não corrigidos e ambliopia, que podem impactar significativamente o desenvolvimento, a performance escolar e social da criança. Os resultados do questionário aplicado a membros da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica indicaram um consenso sobre a necessidade de exames oftalmológicos completos no primeiro ano de vida.

A detecção e intervenção precoces são cruciais para prevenir a perda de visão permanente e promover um desenvolvimento visual saudável.

A literatura científica e a prática clínica sustentam a implementação de múltiplos rastreios visuais nos primeiros anos de vida para reduzir a prevalência de ambliopia aos 7-8 anos. A falta de ensaios clínicos randomizados sobre rastreio visual nessa faixa etária não diminui a evidência de que avaliações oftalmológicas repetidas são benéficas.

A detecção e intervenção precoces são cruciais para prevenir a perda de visão permanente e promover um desenvolvimento visual saudável.

Conclui-se que as diretrizes são ferramentas essenciais para orientar médicos sobre as melhores práticas oftalmológicas pediátricas, promovendo a detecção precoce e tratamento de condições tratáveis para evitar deficiências visuais permanentes em crianças.

As recomendações devem ser flexíveis, considerando a evidência científica e o julgamento clínico, para garantir cuidados visuais adequados na infância.